Aleixo nasceu em 1200 na cidade de Florença, Itália. Era filho de Bernardo Falconieri, um príncipe mercante florentino, e um dos líderes daquela república. A cidade vivia em luta. Brigavam pelo poder duas famílias poderosas: os Guelfi e os Ghibelini. A família Falconieri pertencia ao partido dominante dos Guelfi.
Nesta época, Aleixo era um jovem comerciante influente, nobre, rico, inteligente e alegre, que resolveu crescer acima deste mundo material. Ele tinha uma conduta cristã exemplar, era muito piedoso e devoto da Virgem Maria. Junto com seis amigos, ligados por uma estreita amizade fraterna, formaram um grupo que se encontrava para rezar e cantar “laudas” para Maria. No dia 15 de agosto de 1233, os sete: Bonfiglio, Bonaiuto, Amadio, Ugocio, Sostenio, Manejo e Aleixo, estavam reunidos rezando diante da imagem da Virgem quando ela se mexeu. Depois, na volta para casa Nossa Senhora apareceu vestida de luto chorando e, disse que a causa de sua tristeza era a longa guerra civil daquela cidade.
Decidiram abandoar tudo e fundaram a “Ordem dos Servidores de Nossa Senhora”, ou Servitas, em monte Senário, perto da cidade. Vestiram-se de preto em reverência à Virgem de luto e adotaram a Regra de Santo Agostinho. A ordem foi aceita pelo Vaticano e os fundadores foram consagrados sacerdotes, menos Aleixo que se recusou a vestir o hábito.
Aleixo possuía uma humildade infinita. Na gruta em que vivia no monte Senário, tinha momentos de profunda comunhão espiritual com a Virgem Maria e seu Filho Redentor. Saia do seu retiro apenas para pedir e mendigar a caridade para os necessitados e para rezar na pequena capela de Nossa Senhora situada na beira da estrada. Sua vida foi austera e
sincera de eremita penitente. As roupas eram as mais pobres, o leito era de tábuas ásperas e sem cobertores. Comia pouquíssimo, permanecendo em constante oração. Assim era o sincero e humilde irmão Aleixo, que mesmo vivendo mais de cem anos, nunca se sentiu digno o suficiente para representar o Pai Eterno através da ordenação sacerdotal.
Aleixo era responsável pelo setor financeiro e administrativo das várias casas da ordem que surgiram na Itália, tendo vivido em todas elas. Em 1252, a igreja nova em Cafagio, nos arredores de Florença, foi terminada sob seu cuidado, e totalmente financiada pelas famílias dos Guelfi e os Ghibelini. Ele transformou aquela pequena igreja em que ia rezar à beira da estrada, numa grande igreja dedicada a Nossa Senhora das Dores, dando origem ao seu culto que se propagou entre os cristãos do mundo inteiro. Foi diretor espiritual de muitos vultos do clero, que se tornaram santos, como sua sobrinha: Santa Juliana Falconieri.
Em 1304, quando a Santa Sé aprovou oficialmente a “Ordem dos Servidores de Maria” apenas Aleixo ainda estava vivo. A tradição diz que antes de morrer ele ficou rodeado de anjos e recebeu a visita de Cristo, na figura de menino, que lhe oferecia uma coroa de ouro.
Com cento e dez anos, ele morreu sereno no dia 17 de fevereiro de 1310 em monte Senário. Ele foi beatificado oito anos antes que os outros seis fundadores. Em 1888, todos foram canonizados juntos, para assim serem cultuados no dia da morte de Santo Aleixo Falconieri.
Outros santos e beatos:
São Bento de Cagliari (†1112) — bispo beneditino na província da Sardenha, após ter sido monge em São Saturnino, para onde retornou no fim da vida, quando renunciou a suas funções episcopais.
São Constábile (1060-1124) — abade beneditino, fundou a cidade de Castellabate, na Campânia, de onde é padroeiro.
Santos Donato, Secundino, Rômulo e companheiros — martirizados em Portogruaro, em 304.
Santo Evermundo (†1178) — missionário na Alemanha, bispo de Ratzenburgo.
São Finano de Lindisfarne (†661) — monge irlandês, bispo e missionário na Inglaterra.
São Fintan (†603) — irlandês, discípulo de são Columbano, eremita e a seguir abade de Clonenagh.
São Fortchern — bispo de Trim, no século VI, depois eremita.
São Guevroc — abade de Loc-Kirec, na Bretanha, no século VI.
Beato Guilherme Richardson (†1603) — martirizado em Tyburn.
São Juliano de Cesaréia — martirizado em 308, na Palestina; originário da Capadócia.
Santo Habet-Deus — bispo de Luna, na Toscana, martirizado no ano 500, venerado em Sarzana.
São Lomman (†450) — bispo de Trim; ao que parece, sobrinho de são Patrício.
Beato Lucas Belludi (1200-1285) — discípulo de são Francisco, colaborador de santo Antônio de Pádua.
São Policrônio — bispo martirizado na Babilônia, no século IV.
são Silvino (†720) — bispo beneditino, convertido depois de uma vida pouco edificante; mais tarde, infatigável missionário na França.
São Teódulo — martirizado em 309, na Palestina; crucificado por ordem do governador local.
Fonte: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=692