14 abr 2011 | Arquivado emDestaque, JMJ 2011 | Publicado por Pe. Rodrigo
Foi apresentado na manhã de quarta-feira (13), na Sala de Imprensa da Santa Sé, o “YouCat”, subsídio ao Catecismo da Igreja Católica para os Jovens, preparado para os participantes da Jornada Mundial da Juventude, que se realizará em Madri, Espanha, de 16 a 21 de agosto próximo.
Uma cópia do “YouCat” foi entregue ao Papa por um grupo de jovens, à margem da audiência geral desta quarta-feira. A coletiva de imprensa teve a participação, dentre outros, do Presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko; do Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella; e do Arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schönborn.
Uma nova e válida contribuição para tornar a fé dos jovens mais firme: esse é o objetivo a que se propõe o “YouCat”, articulado em 527 perguntas e respostas. Um livro traduzido nas seis línguas oficiais da Jornada Mundial da Juventude – para alcançar um número muito mais amplo – que será distribuído em 700 mil cópias para o grande encontro juvenil de Madri.
O Cardeal Rylko ressaltou que o “YouCat” não substitui o Catecismo, embora traduza os seus conteúdos com método rigoroso e fiel e com uma linguagem adequada aos jovens.
Para o purpurado polonês trata-se, sobretudo, de um “precursor” do Catecismo:
“Educar os jovens a estudar YouCat com compromisso é uma passagem fundamental para ajuda-los a entender que a fé não é uma inspiração espiritual subjetiva, nem um simples sentimento religioso ou uma ideologia, mas um método de conhecimento da verdade, um encontro com um evento, com uma Pessoa viva que se chama Jesus Cristo.”
Exigência sentida ainda mais hoje num tempo no qual a fé corre o “risco do subjetivismo e do relativismo” – continuou o Cardeal Rylko.
De fato, muitos formam a sua fé com um misto de crenças, escolhendo algumas e descartando outras arbitrariamente, reduzindo-as assim a meras opiniões – observou. Daí, a necessidade de uma “verdadeira educação para a fé dos jovens”.
Por sua vez, o Arcebispo de Viena – um dos principais promotores da iniciativa – ressaltou o desafio de realizar um texto de catecismo, fruto da colaboração entre jovens e teólogos, que respondesse justamente às exigências do mundo juvenil:
“Tornou-se uma aventura incrível, e é um milagre que hoje esteja nas mãos de vocês um catecismo de jovens fiel ao Catecismo da Igreja Católica, mas, numa linguagem que passou por dois longos estados de elaboração sobre cada palavra, sobre cada pergunta…”
O purpurado austríaco reiterou como “YouCat” é útil aos jovens cristãos que hoje vivem uma experiência de minoria em suas sociedades secularizadas. Em seguida, o Cardeal Schönborn dirigiu um pensamento especial a Bento XVI:
“Nosso agradecimento ao Santo Padre, porque foi ele quem se interessou desde o começo por essa iniciativa, sentiu que essa iniciativa era importante. Interessou-se por ela, a acompanhou, a encorajou e, por fim, fez o prefácio que dá o impulso a “YouCat” para toda a Igreja, para o mundo inteiro.”
Por sua vez, em sua participação, o Arcebispo Fisichella observou como o Catecismo é hoje essencial “para a vida das novas gerações, envoltas muitas vezes num contexto cultural fragmentário que lhes impede ter uma visão unitária da vida”. Em seguida, deteve-se sobre o valor do “YouCat”:
“YouCat não é apenas uma ótima mediação do Catecismo da Igreja Católica. Ele corresponde também a uma exigência do momento presente que deve saber apresentar numa linguagem simples, completa e, sobretudo acessível aos jovens, o patrimônio de fé que os cristãos professam desde sempre e em todo lugar.”
“YouCat” conjuga “interrogações do mundo juvenil e exigência da fé” – acrescentou. Ademais, é um instrumento útil ao projeto da nova evangelização. E útil, sobretudo, para aqueles jovens que vivendo” em países de tradição cristã “verificam o distanciamento de muitos coetâneos da fé, da comunidade e da própria religião” – afirmou o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.
Respondendo às perguntas dos jornalistas, o Cardeal Schönborn reconheceu que houve problemas em algumas traduções do alemão, como no caso da edição italiana. Em particular, já foi disposta uma errata onde à pergunta n. 420 se fala de métodos anticoncepcionais, quando, na realidade, se trata de métodos naturais de regulação da fertilidade.
Também na pergunta relativa à eutanásia se encontra um defeito de tradução. Por isso foi decidido, no âmbito da Congregação para a Doutrina da Fé, constituir um grupo de estudo que examinará as observações a serem feitas, providenciando, onde necessário, correções das diferentes traduções – precisou o Arcebispo de Viena.
Fonte Rádio Vaticano