VII Domingo do tempo comum: “Sejam misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36) Reflexão sobre o VII domingo do tempo comum. Deus que nos ama e perdoa, nos convida a fazermos o mesmo.

Padre Arnaldo Rodrigues – Cidade do Vaticano

A vida de um cristão é uma grande contradição, ou seja, dar um testemunho diferente do que se espera da maioria das pessoas neste mundo. Somos chamados a sermos sinais de misericórdia, mesmo diante dos grandes desafios, porque nosso Pai age permanentemente de misericórdia conosco.

A liturgia deste sétimo domingo do tempo comum, nos alerta sobre a gratuidade das relações, sobretudo no que diz respeito ao perdão e a caridade ao próximo

A história de Jesus é a expressão concreta do ato de amor totalmente livre e universal (enquanto éramos pecadores, ele foi o primeiro a amar-nos) com quem Deus se entrega à humanidade e em quem revela o que é. O cristão, portanto, deve amar com um amor gratuito e universal, porque Deus em Cristo nos amou assim. A própria capacidade de amar nos é dada pelo fato de que já fomos objeto de amor. Devemos agir com misericórdia, porque fomos os primeiros a necessitar do perdão e da compaixão. Deste modo devemos recordar que o princípio da vida moral e do amor cristão, livre e universal, da caridade não podem ser entendido fora do Evangelho.

São Lucas, no Evangelho deste domingo, não enuncia este princípio em forma abstrata, mas em forma concreta, recolhendo uns ditos de Jesus. Todos estes preceitos são indicações que nos são apresentados de forma dramática para dar referência a situações concretas, sobre a qualidade e a direção da ação humana em vista de sua conformação à ação divina (“Sejam misericordiosos, como também o Pai de vocês é misericordioso” Lc 6,36).

“ Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam; Bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam; Se alguém te der uma bofetada numa face, oferece também a outra; Se alguém te tomar o manto, deixa-o levar também a túnica Dá a quem te pedir e, se alguém tirar o que é teu, não peças que o devolva O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles (Lc 6,27-31). ”

Estas palavras de Jesus podem parecer assustadoras por causa da radicalidade e da necessidade. Porem é uma realidade que não podemos perder de vista. Esta direção é categórica. Jesus com suas indicações de como viver uma vida radicada nas palavras do Evangelho, deseja moldar nossa vida e ações no Homem celeste, como nos indica São Paulo na segunda leitura.

De certo modo, Jesus quer nos mostrar alguns exemplos de como é a vida nova e, o que ele nos mostra devemos aplicar em todas as áreas da vida. Nós mesmos devemos ser sinais da presença do Reino de Deus, sinais para indicar que algo aconteceu. Deve aparecer aos olhos do mundo a partir de nossa vida que o Reino de Deus está presente no meio de nós. Se é verdade que somos solidários com o homem que está em nós e cuja dinâmica é o pecado e a morte, também é verdade que, aderindo ao Evangelho, tornamo-nos solidários com Cristo e com a sua dinâmica de amor, vida e ressurreição.

Caros amigos, ouvindo novamente o Mestre que nos diz hoje: “Amai os vossos inimigos, fazei bem àqueles que vos odeiam” (Lc 6, 27), também nós fazemos o que Ele nos deu na sua última noite, sabendo que o entregariam à cruz, quando ele lavou os pés e disse:

“ Vocês compreenderam o que acabei de fazer? Vocês dizem que eu sou o Mestre e Senhor. E vocês têm razão; eu sou mesmo. Pois bem: eu, que sou o Mestre e o Senhor, lavei os seus pés; por isso vocês devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei um exemplo: vocês devem fazer a mesma coisa que eu fiz (Jo 13,12-15). ”

Façamos da oração de coleta deste domingo – “Concedei, ó Deus Todo-poderoso, que procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações” – uma inspiração e um clamor para todos nós, de sempre recordarmos que sem a oração, não somos nem mesmo capazes de desejar fazer o bem. De pedir que sejamos homens e mulheres novos, transformados cotidianamente pela Palavra de Deus, acolhendo concretamente em nossas vidas a verdadeira “bondade e compaixão” que vem do Senhor. Ele “retribuirá a cada um conforme a sua justiça e a sua fidelidade” (1Sm 23,26).

Fonte: Site Rádio Vaticano

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