Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 07 de novembro de 2010
32º Domingo do Tempo Comum – Ano C
A Igreja celebra hoje: São Prosdócimo (Século II) – Conheça sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=7&Mes=11
Livro de 2º Macabeus 7,1-2.9-14:
Aconteceu também que um dia foram presos sete irmãos com a mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de azorrague e de nervos de boi, quis obrigar a comer carnes de porco, proibidas pela lei.
Um deles, tomou a palavra e falou assim: «Que pretendes perguntar e saber de nós? Estamos prontos a antes morrer do que violar as leis dos nossos pais.»
Prestes a dar o último suspiro, disse: «Ó malvado, tu arrebatas-nos a vida presente, mas o rei do universo há de ressuscitar-nos para a vida eterna, se morrermos fiéis às suas leis.»
Depois deste, torturaram o terceiro, o qual, mal lhe pediram a língua, deitou-a logo de fora e estendeu as mãos corajosamente.
E disse, cheio de confiança: «Do Céu recebi estes membros, mas agora menosprezo-os por amor das leis de Deus, mas espero recebê-los dele, de novo, um dia.»
O próprio rei e os que o rodeavam ficaram admirados com o heroísmo deste jovem, que nenhum caso fazia dos sofrimentos.
Morto também este, aplicaram os mesmos suplícios ao quarto,
o qual, prestes a expirar, disse: «É uma felicidade perecer à mão dos homens, com a esperança de que Deus nos ressuscitará; mas a tua ressurreição não será para a vida.»
Livro de Salmos 17,1.5-6.8.15:
Ouve, Senhor, a minha causa justa, atende ao meu clamor. Escuta a minha oração, que não sai de lábios mentirosos.
Dirigi os meus passos por duras veredas; os meus pés não vacilaram nos teus caminhos.
Eu te invoco, ó Deus; responde me! Inclina para mim o ouvido, escuta as minhas palavras.
Guarda-me como à pupila dos teus olhos; esconde-me à sombra das tuas asas,
Eu, porém, pela justiça, contemplarei a tua face e, ao despertar, serei saciado com a tua presença.
2ª Carta aos Tessalonicenses 2,16-17.3,1-5:
O próprio Senhor Nosso Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, uma consolação eterna e uma boa esperança,
consolem os vossos corações e os confirmem em toda a obra e palavra boas.
Quanto ao resto, irmãos, orai por nós para que a palavra do Senhor avance e seja glorificada como o é entre vós,
e para que sejamos libertados dos homens perversos e malvados, pois nem todos têm fé.
Mas fiel é o Senhor que vos confirmará e vos protegerá do mal.
A respeito de vós, temos confiança no Senhor em que já fazeis e continuareis a fazer o que vos ordenamos.
O Senhor dirija os vossos corações para o amor de Deus e para a constância de Cristo.
Evangelho segundo S. Lucas 20,27-38:
Aproximaram-se alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-no:
«Mestre, Moisés prescreveu-nos que, se morrer um homem deixando a mulher, mas não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva, para dar descendência ao irmão.
Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos;
o segundo, depois o terceiro, casaram com a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram sem deixar filhos.
Finalmente, morreu também a mulher.
Ora bem, na ressurreição, a qual deles pertencerá a mulher, uma vez que os sete a tiveram por esposa?»
Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se;
mas aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres,
porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó.
Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão vivos.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário à Carta aos Romanos, 4, 7; PG 14, 985
«Sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus»
No último dia, a morte será vencida. Após o suplício da cruz, a ressurreição de Cristo contém misteriosamente a ressurreição de todo o Corpo de Cristo. Assim como o corpo palpável de Cristo foi crucificado, amortalhado e, de seguida, ressuscitado, assim também todo o Corpo dos santos de Cristo foi crucificado com ele e já não vive em si. Mas quando chegar a ressurreição do verdadeiro Corpo de Cristo, do Seu Corpo total, então os membros de Cristo, agora semelhantes a ossadas ressequidas, serão reunidos articulação por articulação (Ez 37,1 ss.), cada um encontrando o seu lugar, para que «cheguemos todos ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo» (Ef 4,13). Então, a multidão dos membros será um só corpo porque todos pertencem ao mesmo corpo (Rm 12,4).