Desde a década de 1980, a Igreja no Brasil mobiliza mais intensamente suas forças em favor da vida. Entre os passos mais significativos estão a Campanha da Fraternidade sobre a Vida, em 1984; em 1990, durante a Semana Nacional da Família, foi aprofundado o debate sobre a reflexão de João Paulo II na Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”; e em 1994, a vida e a família foram temas principais do 6º Congresso Nacional da Pastoral Familiar.
Na 43ª Assembleia Geral dos Bispos Católicos Brasileiros, em 2004, foi instituída oficialmente a Semana Nacional da Vida, de 1º a 7 de outubro, e o Dia do Nascituro, dia 8 do mesmo mês.
Naturalmente, não são somente os bispos, a Igreja, ou mesmo agentes pastorais, a inconformarem-se com os verdadeiros atentados e ameaças à vida a que assistimos todos os dias. São todas as pessoas de boa vontade que anseiam pelo cultivo deste precioso dom, especialmente da vida humana, desde o seu início até o seu declínio natural. Neste ano de 2013, lança-se , então, o insistente brado “Cuidar da vida e transmitir a fé” como lema da Semana Nacional da Vida e da celebração do Dia do Nascituro.
Que a espiritualidade qualifica e até prolonga a vida é fato comprovado. E que ela alimenta e sustenta as causas que dizem respeito a tão importante assunto, é decorrência do seu elevado significado para o homem e a mulher.
Por outro lado, a cultura da morte, em nossos dias, avança a olhos vistos. Infelizmente, nem os legisladores aplicam-se suficientemente em detê-la. Aborto, eutanásia, eugenia, avançam no sentido contrário do que os códigos de leis das nações, por função inalienável, deveriam proteger, notadamente a vida dos seres mais indefesos e fragilizados.
O beato João Paulo II, que será declarado santo no próximo mês de abril, afirma: “Ninguém tem o direito de servir-se de uma pessoa, de usá-la como um meio, nem mesmo Deus, seu criador”.
RAUL KESTRING|Padre em Blumenau