Dia 12 de julho de 2018 – 5ª-feira da 14ª Semana do Tempo Comum – Cor: Verde
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Os 11,1-4.8c-9
Meu coração comove-se no íntimo.
Leitura da Profecia de Oséias 11,1-4.8c-9:
Assim fala o Senhor:
1 “Quando Israel era criança, eu já o amava,
e desde o Egito chamei meu filho.
2 Quanto mais eu os chamava
tanto mais eles se afastavam de mim;
imolavam aos Baals
e sacrificavam aos ídolos.
3 Ensinei Efraim a dar os primeiros passos,
tomei-o em meus braços,
mas eles não reconheceram que eu cuidava deles.
4 Eu os atraía com laços de humanidade,
com laços de amor;
era para eles como quem leva uma criança ao colo,
e rebaixava-me a dar-lhes de comer.
8c Meu coração comove-se no íntimo
e arde de compaixão.
9 Não darei largas à minha ira,
não voltarei a destruir Efraim,
eu sou Deus,
e não homem;
o santo no meio de vós,
e não me servirei do terror.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 79,2ac.3b. 15-16
R. Sobre nós iluminai a vossa face
e, então, seremos salvos, ó Senhor!
2a Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. *
2c Vós, que sobre os querubins vos assentais, +
3b despertai vosso poder, ó nosso Deus, *
e vinde logo nos trazer a salvação! R.
15 Voltai-vos para nós, Deus do universo! +
Olhai dos altos céus e observai. *
Visitai a vossa vinha e protegei-a!
16 Foi a vossa mão direita que a plantou; *
protegei-a, e ao rebento que firmastes! R
Evangelho – Mt 10,7-15
De graça recebestes, de graça deveis dar!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 10,7-15:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
7 Em vosso caminho, anunciai:
‘O Reino dos Céus está próximo’.
8 Curai os doentes, ressuscitai os mortos,
purificai os leprosos, expulsai os demônios.
De graça recebestes, de graça deveis dar!
9 Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos;
10 nem sacola para o caminho,
nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão,
porque o operário tem direito ao seu sustento.
11 Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes,
informai-vos para saber quem ali seja digno.
Hospedai-vos com ele até a vossa partida.
12 Ao entrardes numa casa, saudai-a.
13 Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz;
se ela não for digna, volte para vós a vossa paz.
l4 Se alguém não vos receber, nem escutar vossa palavra,
saí daquela casa ou daquela cidade,
e sacudi a poeira dos vossos pés.
15 Em verdade vos digo, as cidades de Sodoma e Gomorra
serão tratadas com menos dureza do que aquela cidade,
no dia do juízo.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005), papa
Mensagem para a Jornada Mundial da Paz 2002, §§ 1-2 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Se essa casa for digna, a vossa paz desça sobre ela»
Desde o dia 11 de Setembro de 2001, por todo o mundo as pessoas tomaram consciência, com nova intensidade, da sua vulnerabilidade pessoal e começaram a olhar o futuro com uma sensação, jamais pressentida, de íntimo medo. Diante deste estado de ânimo, a Igreja deseja dar testemunho da sua esperança, baseada na convicção de que o mal, o mysterium iniquitatis, não tem a última palavra nas vicissitudes humanas. A história da salvação, delineada na Sagrada Escritura, projeta uma grande luz sobre toda a história do mundo ao mostrar que sobre esta vela sempre a solicitude misericordiosa e providente de Deus, que conhece os caminhos para sensibilizar os corações mais endurecidos e alcançar bons frutos de uma terra árida e infecunda.
Esta é a esperança que anima a Igreja […]: com a graça de Deus este mundo, no qual as forças do mal parecem uma vez mais triunfar, vai realmente transformar-se num mundo em que as aspirações mais nobres do coração humano poderão ser satisfeitas, num mundo onde prevalecerá a verdadeira paz.
Os recentes acontecimentos, com os terríveis fatos sangrentos aqui lembrados, estimularam-me a retomar uma reflexão que frequentemente brota do mais íntimo do meu coração, quando recordo os acontecimentos históricos que marcaram a minha vida, especialmente os anos da minha juventude. Os indescritíveis sofrimentos de povos e indivíduos, vários deles meus amigos e conhecidos, causados pelos totalitarismos nazista e comunista, sempre interpelaram o meu espírito e motivaram a minha oração. Muitas vezes me detive a refletir nesta questão: qual é o caminho que leva ao pleno restabelecimento da ordem moral e social tão barbaramente violada? A convicção a que cheguei, raciocinando e confrontando-me com a Revelação bíblica, é que não se restabelece cabalmente a ordem violada senão conjugando mutuamente justiça e perdão. As colunas da verdadeira paz são a justiça e aquela forma particular de amor que é o perdão.
Neste mês de julho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização: Os sacerdotes na sua missão pastoral
Para que os sacerdotes que vivem o seu trabalho pastoral com dificuldade e na solidão se sintam ajudados e confortados pela amizade com o Senhor e com os irmãos.