Dia 13 de março de 2018 – Terça-feira da 4ª semana da Quaresma
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. João 5,1-16;
Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém.
Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betesda, que tem cinco pórticos.
E neles jaziam numerosos doentes, cegos, coxos e paralíticos.
Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos.
Ao vê-lo deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?»
O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina, quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma o teu leito e anda».
No mesmo instante o homem ficou são, tomou o seu leito e começou a caminhar. Ora aquele dia era sábado.
Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado: não podes levar a tua cama».
Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou disse-me: ‘Toma a tua cama e anda’».
Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: ‘Toma o teu leito e anda’»?
Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior».
O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado.
Desde então os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num dia de sábado.
Comentário do dia
São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo
«Vida de Moisés», II, 121s; SC 1
Salvos pela água
Qualquer homem que ouça o relato do mar Vermelho compreende o mistério da água, à qual se desce com todo o exército dos inimigos e da qual se emerge sozinho, deixando o exército dos inimigos afundado no abismo. E percebe que este exército dos egípcios […] são as diversas paixões da alma às quais o homem se encontra sujeito: sentimentos de ira, impulsos diversos de prazer, de tristeza, de avareza. […] Todas estas coisas, e aquelas que estão na sua origem, com o chefe que promove o ataque odioso, se precipitam na água atrás dos israelitas.
Mas a água, pela força da vara da fé e o poder da nuvem luminosa (Ex, 14,16.19), torna-se uma fonte de vida para aqueles que nela procuram refúgio – e fonte de morte para quantos os perseguem. […] Isto significa, quando se deteta o sentido oculto neste acontecimento, que todos quantos passam pela água sacramental do batismo devem fazer morrer na água as más inclinações que os combatem – a avareza, os desejos impuros, o espírito de rapina, os sentimentos de vaidade e de orgulho, os impulsos de ira, a inveja, o ciúme…
É como o mistério da Páscoa judaica: chamava-se «páscoa» ao cordeiro cujo sangue preservara da morte os que dele tinham usufruído (Ex 12,21.23). Neste mistério, a Lei ordena que se coma, com a páscoa, pães ázimos, sem o velho fermento, ou seja, que nenhum resto de pecado apareça misturado com a vida nova (1Cor 5,7-8). […] Da mesma maneira, temos de afundar todo o exército egípcio, isto é, todas as formas de pecado, no banho da salvação, qual abismo do mar, e dele emergir sozinhos, sem nada que nos seja estranho.
Neste mês de março, nosso Papa Francisco pede-nos que rezemos nas seguintes intenções:
Pela evangelização: Formação para o discernimento espiritual
Para que toda a Igreja reconheça a urgência da formação para o discernimento espiritual, a nível pessoal e comunitário.