Leituras Bíblicas
“A quem iremos, senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 06 de novembro de 2010
Sábado da 31a semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: São Leonardo de Noblac (491-545) – Conheça sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=6&Mes=11
Carta aos Filipenses 4,10-19:
É grande a alegria que sinto no Senhor por, finalmente, terdes feito com que desabrochasse o vosso amor por mim. É que tínheis a intenção, mas faltava a oportunidade.
Não falo assim por me sentir carecido. Pois, no meu caso, aprendi a ser autônomo nas situações em que me encontre.
Sei passar por privações, sei viver na abundância. Em toda e qualquer situação, estou preparado para me saciar e passar fome, para viver na abundância e sofrer carências.
De tudo sou capaz naquele que me dá força.
Entretanto, fizestes bem em tomar parte na minha tribulação.
Vós bem o sabeis, filipenses: no início da pregação do Evangelho, quando saí da Macedônia, nenhuma outra igreja esteve em comunhão comigo na permuta de dar e receber, a não ser apenas vós:
em Tessalónica e por duas vezes me enviastes socorro para as minhas necessidades.
Não é que eu esteja à procura de donativos; o que procuro, sim, é que aumente o produto, que está registrado na vossa conta.
Sim, tudo recebi em abundância. Estou plenamente satisfeito, depois de receber de Epafrodito o que veio da vossa parte: um odor perfumado, um sacrifício que Deus aceita e lhe é agradável.
E o meu Deus há de compensar-vos plenamente em todas as necessidades, segundo a sua riqueza, na glória que se tem em Cristo Jesus.
Livro de Salmos 112(111),1-2.5-6.8.9:
Feliz o homem que teme o Senhor e se compraz nos seus mandamentos.
A sua descendência será poderosa sobre a terra, e bendita, a geração dos justos.
Feliz o homem que se compadece e empresta e administra os seus bens com justiça.
Este jamais sucumbirá. O justo deixará memória eterna.
O seu coração está firme; por isso nada teme e verá os seus opressores confundidos.
Reparte do que é seu com os pobres; a sua generosidade subsistirá para sempre e o seu poder crescerá em glória.
Evangelho segundo S. Lucas 16,9-15:
«E Eu digo-vos: Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas.
Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é infiel no pouco também é infiel no muito.
Se, pois, não fostes fiéis no que toca ao dinheiro desonesto, quem vos há de confiar o verdadeiro bem?
E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores; ou há de aborrecer a um e amar o outro, ou dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.»
Os fariseus, como eram avarentos, ouviam as suas palavras e troçavam dele.
Jesus disse-lhes: «Vós pretendeis passar por justos aos olhos dos homens, mas Deus conhece os vossos corações. Porque o que os homens têm por muito elevado é abominável aos olhos de Deus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gaudêncio de Brescia (? – depois do ao 406), bispo
Discurso 18; PL 20, 973-975)
“Procurai amigos com a desonesta riqueza”
Certamente os amigos que nos obterão a salvação são os pobres, porque, segundo a palavra de Cristo, será ele em pessoa, o autor da recompensa eterna, a receber neles os serviços da nossa caridade que procuram. Por conseqüência os pobres nos reservarão uma boa acolhida, não em próprio nome, mas em nome dAquele que, neles, usufrui do fruto refrescante da nossa obediência e da nossa fé. Aqueles que cumprirem este serviço da caridade serão recebidos nas moradas eternas do Reino dos céus, pois do mesmo modo, Cristo dirá: “Vinde benditos do meu Pai, recebei em herança o reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Porque eu tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber” (Mt 25,34)…
Enfim, o Senhor acrescenta: “E se não fostes fiéis às riquezas alheias, quem vos dará a vossa?” De fato, nada do que encontramos neste mundo nos pertence verdadeiramente. Pois nós, que esperamos a recompensa futura, somos chamados a comportar-nos aqui embaixo como hóspedes e peregrinos, de tal modo que todos possamos dizer com franqueza ao Senhor: “Eu sou um forasteiro e um estrangeiro como todos os meus pais” (Sl 38,13).
Os bens eternos pertencem àqueles que crêem. Encontram-se no céu, lá onde, nós o sabemos, estão o nosso coração e o nosso tesouro“ (Mt 6,21), e lá onde, estamos disso convencidos, habitamos desde já mediante a nossa fé. Porque, conforme os ensinamentos de São Paulo, “a nossa pátria está nos céus” (Fm 3,20).