Dia 03 abril de 2018 – Terça-feira NA OITAVA DA PÁSCOA
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. João 20,11-18:
Naquele tempo, Maria Madalena estava a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro
e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus.
Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?». Ela respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram».
Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele.
Disse-lhe Jesus: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar».
Disse-lhe Jesus: «Maria!». Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!».
Jesus disse-lhe: «Não Me detenhas, porque ainda não subi para o Pai.
Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito.
Comentário do dia
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homila 25 sobre o Evangelho
«Porque choras?»
Maria, em lágrimas, inclina-se e olha para dentro do túmulo, embora já tivesse constatado que estava vazio, e tivesse anunciado o desaparecimento do Senhor. Porque se inclina então? Porque quer ver de novo? Porque o amor não se contenta com um único olhar; o amor é uma conquista sempre mais ardente. Ela já O procurou, mas em vão; contudo, obstina-se e acaba por descobrir. […] No Cântico dos Cânticos, a Igreja diz sobre o mesmo Esposo: «No meu leito, toda a noite, procurei aquele que o meu coração ama; procurei-o, mas não o encontrei. Vou levantar-me e percorrer a cidade; pelas ruas e pelas praças, procurarei aquele que o meu coração ama» (Cant 3,1-2). Duas vezes ela exprime a sua deceção: «Procurei-o, mas não o encontrei!» Mas o sucesso vem, por fim, coroar o esforço: «Os guardas encontraram-me, aqueles que fazem ronda pela cidade. Vistes aquele que o meu coração ama? Mal me apartei deles, encontrei aquele que o meu coração ama» (Cant 3,3-4).
E nós, quando é que, no leito, procuramos o Amado? Durante os breves repousos desta vida, quando suspiramos na ausência do nosso Redentor. Procuramo-lo na noite, pois, apesar de o nosso espírito já estar desperto para Ele, os nossos olhos só veem a sua sombra. Mas, como não encontramos nela o Amado, levantemo-nos e percorramos a cidade, ou seja, a assembleia dos eleitos. Procuremos de todo o coração. Procuremos nas ruas e nas praças, isto é, nas passagens escarpadas da vida e nos caminhos espaçosos; abramos os olhos, procuremos os passos do nosso Bem-Amado. […] Esse desejo levou David a declarar: «A minha alma tem sede do Deus vivo. Quando irei ver a face de Deus? Sem descanso, procurai a sua face» (Sl 42,3).
Neste mês de abril, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção
Universal: Responsáveis da economia
Para que os responsáveis pelo planeamento e pela gestão da economia tenham a coragem de rejeitar uma economia da exclusão e saibam abrir novos caminhos.