Cerca de 50 mil peregrinos de todos os continentes participaram nesta sexta-feira, 2, da via-sacra no Coliseu, em Roma. Presidida pelo papa Bento XVI, a via-sacra teve transmissão ao vivo por canais de TV de todo o mundo.
As meditações foram escritas pelo vigário emérito do papa, cardeal Camillo Ruini. O centro das reflexões foram as traições sofridas por Jesus antes de sua morte.
Bento XVI presidiu a via-sacra de joelhos da colina do Palatino, em frente ao Coliseu. Na décima quarta estação, ele recebeu a cruz do cardeal Agostino Vallini e fez um breve discurso, comentando as reflexões do percurso.
“Da traição pode nascer a amizade; da negação, o perdão; do ódio, o amor” – disse o papa, que convidou os cristãos a viverem “todo dia o amor, que é a única força capaz de mudar o mundo”.
O papa disse, ainda, que a cruz é o símbolo do ‘novo’, do amor sem limites de Deus, e que a ressurreição de Cristo representa a alvorada da luz que permite ver de maneira diferente a vida, as dificuldades e os sofrimentos.
“Nossos fracassos, nossas decepções, as nossas amarguras, que parecem marcar o fim de tudo, são iluminadas de esperança”, destacou o papa.
“A Sexta-Feira Santa é o dia da maior esperança, a amadurecida na Cruz ao entregar sua existência, doada nas mãos do Pai, Ele sabe que sua morte se converte em fonte de vida”, disse Bento XVI.
A Via-Sacra no Coliseu começou a ser celebrada em 1741 por ordem do papa Bento XIV. Após dezenas de anos de esquecimento, em 1925 voltou a ser percorrida e em 1964 o Papa Paulo VI iniciou o hábito de presidi-la.
Hoje, às 21h, o papa preside a Vigília Pascal na Basílica vaticana. Na manhã de domingo, às 10h15 (horário local), celebrará a missa e, ao meio-dia, pronunciará sua mensagem de Páscoa e dará a bênção "urbi et orbi".
Com informações da Rádio Vaticano e cnbb.