Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 05 de novembro de 2010
Sexta-feira da 31ª semana do Tempo Comum
A Igreja celebra hoje: Santa Bertila (630-705) – Conheça sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=5&Mes=11
Carta aos Filipenses 3,17-21.4,1:
Sede todos meus imitadores, irmãos, e olhai atentamente para aqueles que procedem conforme o modelo que tendes em nós.
É que muitos – de quem várias vezes vos falei e agora até falo chorando – são, no seu procedimento, inimigos da cruz de Cristo:
o seu fim é a perdição, o seu Deus é o ventre, e gloriam-se da sua vergonha – esses que estão presos às coisas da terra.
É que, para nós, a cidade a que pertencemos está nos céus, de onde certamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
Ele transfigurará o nosso pobre corpo, conformando-o ao seu corpo glorioso, com aquela energia que o torna capaz de a si mesmo sujeitar todas as coisas.
Portanto, meus caríssimos e saudosos irmãos, minha coroa e alegria, permanecei assim firmes no Senhor, caríssimos.
Livro de Salmos 122(121),1-5:
Que alegria, quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor!»
Os nossos pés detêm-se às tuas portas, ó Jerusalém!
Jerusalém, cidade bem construída, harmoniosamente edificada.
Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor, segundo o costume de Israel, para louvar o nome do Senhor.
Nela estão os tribunais da justiça, os tribunais da casa de Davi.
Evangelho segundo S. Lucas 16,1-8:
Disse ainda Jesus aos discípulos: «Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de lhe dissipar os bens.
Mandou-o chamar e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar.’
O administrador disse, então, para consigo: ‘Que farei, pois o meu senhor vai tirar-me a administração? Cavar não posso; de mendigar tenho vergonha.
Já sei o que hei de fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando for despedido da minha administração.’
E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’ Ele respondeu:
Cem talhas de azeite.’ Retorquiu-lhe: ‘Toma o teu recibo, senta-te depressa e escreve cinquenta.’
Perguntou, depois, ao outro: ‘E tu quanto deves?’ Este respondeu: ‘Cem medidas de trigo.’ Retorquiu-lhe também: ‘Toma o teu recibo e escreve oitenta.’
O senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. É que os filhos deste mundo são mais espertos que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Concílio Vaticano II
Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo «Gaudium et Spes», § 34
«Enchei a terra e submetei-a» (Gn 1, 28)
O homem, criado à imagem de Deus, recebeu o mandamento de dominar a terra com tudo o que ela contém e governar o mundo na justiça e na santidade; e de, reconhecendo Deus como Criador universal, orientar-se a si e ao universo para Ele; de maneira que, estando todas as coisas sujeitas ao homem, seja glorificado em toda a terra o nome de Deus.
Isto aplica-se também às atividades de todos os dias. Assim, os homens e as mulheres que, ao ganhar o sustento para si e suas famílias, de tal modo exercem a própria atividade que prestam conveniente serviço à sociedade, com razão podem considerar que prolongam com o seu trabalho a obra do Criador, ajudam os seus irmãos e dão uma contribuição pessoal para a realização dos desígnios de Deus na história.
Longe de pensar que as obras do engenho e poder humano se opõem ao poder de Deus, ou de considerar a criatura racional como rival do Criador, os cristãos devem, pelo contrário, estar convencidos de que as vitórias do gênero humano manifestam a grandeza de Deus e são fruto do Seu desígnio inefável.