Ecumenismo é portador de esperança para as igrejas, diz secretário geral do CMI

Esperança perseverança são qualidades indispensáveis para o movimento ecumênico, declarou o secretário geral do Conselho Mundial de Iglesias (CMI). Olav Kykse Tveit, no II Kirchentag Ecumênico, reunido em Munique, Alemanha, de 12 a 16 de maio.

"Apesar dos paradoxos e contradições que vivemos no movimento ecumênico e no CMI, um e outro são portadores de esperança para muitas igrejas e pessoas em situações de minoria, para as igrejas envolvidas em lutas de libertação, para as igrejas que têm divergências entre si", disse Tveit, numa mesa redonda sobre ecumenismo.

O tema do Kirchentag (Dia da Igreja) foi "Para que todos tenham esperança". Participaram do evento 100 mil cristãos de todas as partes da Alemanha e quatro mil visitantes de países do mundo.

Foi a segunda celebração religiosa ecumênica desse porte na Alemanha. O primeiro Kirchentag Ecumênico teve lugar em Berlim, em 2003.
 
O Kirchentag de Munique foi o primeiro no que teve participação plena e em pé de igualdade das igrejas ortodoxas e as igrejas evangélicas livres da Alemanha.

Muitos oradores destacaram e justiçaram a esperança no ecumenismo. "Os muros que dividem as pessoas podem cair: muros que separam Estados, povos, religiões, igrejas", disse Tveit na celebração de abertura do encontro."Com muita  frequência, essas barreiras estão em nossas próprias cabeças", acrescentou.

A insistência em destacar a esperança da unidade dos cristãos chega num momento oportuno para muitos membros das igrejas que se sentem frustrados pela lentidão dos avanços do ecumenismo. Nesta festa da unidade cristã, exemplificou o secretário geral do CMI, a celebração interconfessional da comunhão ainda não foi possível.

O jornalista e escritor Klaus Harprechet, 83 anos, no seu texto "Esqueçam-se do ecumenismo", lido no Kirchentag na sexta-feira porque o seu autor não pôde estar presente, perguntou se antes de os opositores do nazismo, que eram cristãos, serem executados perdiam tempo com a
preocupação se receberiam consolo final de um capelão católico ou protestante. Mediante a postura que adotam, dirigentes das igrejas fazem caso omisso do depoimento desses mártires, escreveu Harprechet.

A teóloga católica romana, Dorothea Sattler, não concorda que as frustrações que aparecem no meio ecumênico sejam razão para interromper o diálogo. "Não cabe a nós decidir a respeito do ecumenismo. Deus nos chama a vivermos ecumenicamente", agregou.

Ela instou a um diálogo ecumênico de iguais, "porque os bons não estão num bando e os maus no outro. A época em que se diziam essas coisas pertence ao passado".

O arcebispo Robert Zollitsch, presidente da Conferência Episcopal Católica, e o presidente do Conselho da Igreja Evangélica da Alemanha, pastor Nikolaus Schneider, destacaram a experiência de comunhão fraternal em nível local, e a importância de as igrejas falarem em uníssono à
sociedade.

"Não resta dúvida que estamos crescendo juntas e aprendendo a nos conhecer graças à vivência do ecumenismo nas paróquias", disse Schneider."Os muros podem cair de um dia para o outro", disse Tveit referindo-se à queda do muro de Berlim em novembro de 1989, fato totalmente inesperado para muitas pessoas. "Daí que precisamos permanecer firmes no movimento
ecumênico até que caiam os muros que nos impedem celebrar a comunhão juntos", proclamou.

Ele justificou sua posição: "É tanto um dever teológico como um dever ético mostrar que compartilhamos tudo o que recebemos de Deus. O mundo precisa esse sinal."

 ALC Notícias, 19/05/2010

 

 

 

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