Leituras Bíblicas
Dia 21 de julho de 2011
Ano da Liturgia, especialmente da Eucaristia
– Tema: “Eucaristia, fonte e cume da vida e missão da Igreja”
– Lema: Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram” (Lc 24,31)
Quinta-feira da 16ª semana do Tempo Comum
Livro de Êxodo 19,1-2.9-11.16-20b:
Na terceira Lua-nova depois da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, naquele mesmo dia, chegaram ao deserto do Sinai.
Partiram de Refidim e chegaram ao deserto do Sinai e acamparam no deserto. Israel acampou lá, diante da montanha.
O Senhor disse a Moisés: «Eis que Eu venho ter contigo no coração da nuvem, para que o povo ouça quando Eu falar contigo e também acredite em ti para sempre.» E Moisés transmitiu ao Senhor as palavras do povo.
O Senhor disse a Moisés: «Vai ter com o povo, e fá-los santificar hoje e amanhã; que eles lavem as suas roupas.
Que estejam prontos para o terceiro dia, porque no terceiro dia o Senhor descerá aos olhos de todo o povo sobre a montanha do Sinai.
E eis que, no terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos e uma nuvem pesada sobre a montanha, e um som muito forte de trombeta, e todo o povo que estava no acampamento tremia.
Moisés fez sair o povo do acampamento ao encontro de Deus, e colocaram-se no sopé da montanha.
A montanha do Sinai estava toda coberta de fumo, porque o Senhor tinha descido sobre ela no fogo; e o seu fumo subia como o fumo de um forno, e toda a montanha tremia muito.
O som da trombeta era cada vez mais forte. Moisés falava, e Deus respondia-lhe no trovão.
O Senhor desceu sobre a montanha do Sinai, no cimo da montanha. O Senhor chamou Moisés ao cimo da montanha, e Moisés subiu.
Livro de Daniel 3,52.53.54.55.56:
«Bendito sejas, Senhor, Deus de nossos pais:– digno de louvor e glória eternamente! Bendito seja o teu nome santo e glorioso:– digno de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no templo da tua santa glória: – digno de supremo louvor e glória eternamente!
Bendito sejas por penetrares os abismos, sentado sobre os querubins: – digno de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no teu trono real: – digno de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no firmamento dos céus:– digno de supremo louvor e glória eternamente!
Evangelho segundo S. Mateus 13,10-17:
Aproximando-se de Jesus, os discípulos disseram-lhe: «Porque lhes falas em parábolas?»
Respondendo, disse-lhes: «A vós é dado conhecer os mistérios do Reino do Céu, mas a eles não lhes é dado.
Pois, àquele que tem, ser-lhe-á dado e terá em abundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado.
É por isso que lhes falo em parábolas: pois vêem, sem ver, e ouvem, sem ouvir nem compreender.
Cumpre-se neles a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis; e, vendo, vereis, mas não percebereis.
Porque o coração deste povo tornou-se duro, e duros também os seus ouvidos; fecharam os olhos, não fossem ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, compreender com o coração, e converter-se, para Eu os curar.
Quanto a vós, ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
Em verdade vos digo: Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e não viram, e ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 53, § 4-5, 8
«Ditosos os vossos olhos, porque vêem»
Disse Nosso Senhor: «muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram» (Lc 10,24). Por profetas entenda-se os grandes espíritos subtis e dados ao raciocínio que se apegam às sutilezas da razão natural e delas têm vaidade. Uns olhos assim não são ditosos. Por reis entenda-se os que são da mesma natureza dos mestres, de energia forte e poderosa, mestres de si próprios, das suas palavras, das suas obras e do seu idioma, e fazem tudo o que querem com jejuns, vigílias e novenas, fazendo disso grande alarde, como se de algo extraordinário se tratasse, mas desprezam os outros. Também não são esses olhos que são ditosos.
Todas estas pessoas quiseram ver e não viram. Quiseram ver, mas apegaram-se à vontade própria […], uma vontade que encobre os olhos da alma como uma película ou uma membrana encobre os olhos do corpo, impedindo-os de ver […]. Quanto mais permanecerdes na vontade própria, mais privados sereis de ver com o olhar interior, uma vez que a verdadeira felicidade advém do abandono verdadeiro, que é o afastamento da vontade própria. Tudo isso nasce do fundo da humildade […]. Quanto mais pequenos e humildes fordes, menos vontade própria tereis […].
Quando tudo está em paz, a alma vê a sua própria essência e todas as suas faculdades; reconhece-se como imagem racional d’Aquele de Quem saiu, e os olhos […] que fixam aí o seu olhar podem perfeitamente ser tidos por ditosos por causa do que vêem. E então sim, é a maravilha das maravilhas que se descobre, o que há de mais puro, de mais certo, aquilo que menos poderá ser-vos tirado (Lc 10,42) […]. Possamos nós seguir neste caminho e ver de tal modo que os nossos olhos sejam ditosos. Assim Deus nos ajude!
Com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas Intenções do Apostolado da Oração para este mês de julho:
Geral: Para que os cristãos contribuam a aliviar, especialmente nos países mais pobres, o sofrimento material e espiritual dos doentes de AIDS.
Missionária: Para as religiosas que atuam em terras de missão, a fim de que sejam testemunhas da alegria do Evangelho e sinal vivo do amor de Cristo.