6ª-feira da 2ª Semana da Quaresma – 22 de Março de 2019 – Cor: Roxo
Evangelho – Mt 21,33-43.45-46
Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 21,33-43.45-46:
Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes
e aos anciãos do povo, disse-lhes:
33 Escutai esta outra parábola:
Certo proprietário plantou uma vinha,
pôs uma cerca em volta,
fez nela um lagar para esmagar as uvas
e construiu uma torre de guarda.
Depois arrendou-a a vinhateiros,
e viajou para o estrangeiro.
34 Quando chegou o tempo da colheita,
o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros
para receber seus frutos.
35 Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados,
espancaram a um, mataram a outro,
e ao terceiro apedrejaram.
36 O proprietário mandou de novo outros empregados,
em maior número do que os primeiros.
Mas eles os trataram da mesma forma.
37 Finalmente, o proprietário, enviou-lhes o seu filho,
pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’.
38 Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si:
‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo
e tomar posse da sua herança!’
39 Então agarraram o filho,
jogaram-no para fora da vinha e o mataram.
40 Pois bem, quando o dono da vinha voltar,
o que fará com esses vinhateiros?’
41 Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam:
‘Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos
e arrendará a vinha a outros vinhateiros,
que lhe entregarão os frutos no tempo certo.’
42 Então Jesus lhes disse:
‘Vós nunca lestes nas Escrituras:
‘a pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se a pedra angular;
isto foi feito pelo Senhor
e é maravilhoso aos nossos olhos’?
43 Por isso eu vos digo:
o Reino de Deus vos será tirado
e será entregue a um povo que produzirá frutos.
45 Os sumos sacerdotes e fariseus
ouviram as parábolas de Jesus,
e compreenderam que estava falando deles.
46 Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões,
pois elas consideravam Jesus um profeta.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Máximo de Turim (?-c. 420)
bispo
Sermão para festa de São Cipriano; CC Sermão 11, p.38; PL 57, 687
Dar fruto
«A vinha do Senhor do universo é a casa de Israel» (Is 5,7). Ora, tal casa somos nós […] e, como somos Israel, somos a vinha. Zelemos pois por que não nos nasçam dos sarmentos, em vez de uvas de doçura, uvas de ira (Ap 14,19), para que não nos digam […]: «Porque foi que, esperando Eu que desse boas uvas, apenas produziu uvas amargas?» (Is 5,4). Terra ingrata! Ela, que deveria oferecer a seu Dono frutos de doçura, trespassou-O com agudos espinhos.
De igual forma, os seus inimigos, que deviam ter acolhido o Salvador com toda a devoção da sua fé, coroaram-nO com os espinhos da Paixão. Para eles, a coroa significava ultraje e injúria, mas aos olhos do Senhor, era a coroa das virtudes. […] Tende cautela, irmãos, para que não seja dito acerca dessa terra que vós sois: «Esperou que desse boas uvas, mas ela só produziu uvas amargas» (Is 5,2) […].
Tenhamos cautela, para que as nossas más ações não firam, quais espinhos, a cabeça do Senhor. Foram os espinhos do coração que feriram a palavra de Deus, como diz o Senhor no evangelho quando conta que o grão do semeador caiu entre os espinhos, e que estes cresceram e sufocaram o que tinha sido semeado (Mt 13,7). […]
Velai portanto para que a vossa vinha não dê espinhos em vez de uvas; para que a vossa vindima não produza vinagre em vez de vinho. Todo aquele que faz a vindima sem dela dar aos pobres recolhe vinagre e não vinho; e aquele que enceleira as suas colheitas de trigo sem delas distribuir aos indigentes, não é o fruto da esmola que põe de reserva, mas os cardos da avareza.
Intenção do Apostolado da Oração
Reconhecimento dos direitos das comunidades cristãs
Pelas comunidades cristãs, em particular as que são perseguidas, para que sintam a proximidade de Cristo e para que os seus direitos sejam reconhecidos.