Carta Encíclica pelos 100 anos do Genocídio Armênio

Cruz presenteada ao Papa Francisco pelo Patriarca de todos os Armênios, Karekin II, durante visita realizada em 8 de maio de 2014 - L'Osservatore Romano
Cruz presenteada ao Papa Francisco pelo Patriarca de todos os Armênios, Karekin II, durante visita realizada em 8 de maio de 2014 – L’Osservatore Romano

Publicado em 30/12/2014 13:41

Etchmiadzin (RV) – Com uma Carta Encíclica, o Patriarca Supremo e Catholicos de todos os armênios, Karekin II, abriu oficialmente as celebrações dos 100 anos do genocídio armênio, que se realizarão durante todo o ano de 2015. O Patriarca anunciou ainda que, em 23 de abril, todas as vítimas do massacre perpetrado pelo Império Turco-otomano serão canonizadas, e o dia seguinte, se tornará o Dia da Memória pelos “santos mártires”.

O massacre dos cerca de 1,5 milhões de armênios ocorreu no final do Império Otomano, inicialmente sob o Sultão Abdul Hamid II, após com os grupos dos “Jovens Turcos” e por fim, com o próprio Kemal Ataturk, considerado o pai da pátria turca. Os armênios foram alvo das perseguições pois eram cristãos, instruídos e pertencentes a uma classe média.

Sobretudo em 1915, foram fechadas escolas, igrejas e organizações e lançada uma verdadeira caçada com assassinatos, violências de todo tipo, estupros e humilhações. A etapa seguinte foi a deportação para o deserto, as fossas comuns, os trens cheios de deslocados e incendiados. Os que sobreviveram foram os que conseguiram chegar na atual Armênia (na época sob o domínio russo e após soviético), na Síria e Líbano.

A Conferência de Paris de 1920 reconheceu o Genocídio Armênio, que também é reconhecido por outras 20 nações. A Turquia nunca reconheceu as atrocidades cometidas, justificando que “combatia grupos independentistas”. Diversos escritores e historiadores que publicaram textos sobre o genocídio foram perseguidos. Somente em 2013, o Premier Recep Tayyip Erdogan, apresentou condolências aos descendentes dos armênios pelos massacres.

Na Carta Encíclica, Karekin II anuncia que no dia 23 de abril de 2015 presidirá uma Liturgia em que proclamará santos todas as vítimas do genocídio, mortos “pela fé ou pela pátria” e fará do dia 24 de abril, um Dia da Memória para recordar “os santos mártires do genocídio”. O Papa Francisco foi convidado para celebrar uma Missa na Praça São Pedro em recordação ao genocídio armênio, em 12 de abril de 2015.

O texto da Encíclica, em espanhol, pode ser conferido no site da Asianews:

http://www.asianews.it/noticias-es/Carta-enc%C3%ADclica-por-los-100-a%C3%B1os-del-genocidio-armenio-33069.html

(Asianews – JE)

Fonte: http://br.radiovaticana.va/news/2014/12/30/carta_encíclica_pelos_100_anos_do_genocídio_armênio/1116442

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