Cerca de 600 brasileiros residentes Roma e membros da Comunidade Brasileira em Roma participaram, no domingo, 11, da procissão de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. A caminhada saiu da embaixada brasileira, na Praça Navona, indo até à igreja Santa Maria de La Luce, no bairro Trastevere onde houve missa presidida pelo reitor do Colégio Pio Brasileiro, o jesuíta padre João Roque Rohr.
O capelão da Comunidade Brasileira em Roma, padre Sergio Durigon, define a homenagem à padroeira do Brasil como a maior festa dos brasileiros em Roma e elogia a participação dos leigos e dos religiosos na celebração. “Momentos como este significam retorno [dos brasileiros] à identidade, ao pais de origem, à fé”, disse
A irmã Terezinha Arcanjo, da congregação das Filhas de Santana, há nove meses em Roma, também vê a festa como oportunidade de entrar em sintonia com o Brasil. “Celebrar Nossa Senhora Aparecida em Roma, além de nos colocar em sintonia com o Brasil é uma oportunidade de trazer de volta a alegria, a simplicidade e espontaneidade que o povo brasileiro vive em suas comunidades nestes dias”, disse. Opinião semelhante tem o brasiliense Hamilton Gomes. “Quando estamos fora do pais, somos como um peixe fora da água. A comunidade é um ponto de encontro. Nossa Senhora Aparecida é aquela que nos acompanha como imigrantes em todos os momentos de nossa vida”, comenta emocionado Gomes, que é chefe de cozinha em um hotel da cidade.
Mais homenagens
O Colégio Pio Brasileiro também festejou a padroeira dos brasileiros com missa presidida ontem, 12, pelo arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, que participa, em Roma, do Sínodo dos Bispos para a África. “Que o Brasil caminhe sempre mais a um desenvolvimento integral na defesa da vida e da ecologia”, disse o arcebispo ao recordar os milhares de peregrinos que visitam o Santuário de Aparecida, em Aparecida (SP).
Segundo os organizadores, 300 pessoas participaram da festa. O reitor do Colégio, padre João Roque, lembrou a necessidade de superar os preconceitos e a exclusão no Brasil. “A fé católica no Brasil não pode prescindir deste momento histórico simbólico onde uma imagem negra aparece no rio em tempos de escravidão. Enquanto não resolvermos em nosso pais o problema do preconceito e da exclusão não teremos cumprido o desejo da mãe de Jesus de reunir todos os filhos e filhas de Deus debaixo de seu manto. Temos ainda muito a fazer neste campo”, afirmou.
Colaborou: Padre Arlindo Pereira Dias, SDV.
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