Dia 24 de outubro de 2022
Terça-feira da 30ª Semana do Tempo Comum
Cor litúrgica: Verde
EVANGELHO
Esta filha de Abraão, não deveria ser
libertada dessa prisão, em dia de sábado?
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 13,10-17:
Naquele tempo,
10
Jesus estava ensinando numa sinagoga,
em dia de sábado.
11
Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos,
estava com um espírito que a tornava doente.
Era encurvada e incapaz de se endireitar.
12
Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse:
“Mulher, estás livre da tua doença”.
13
Jesus colocou as mãos sobre ela,
e imediatamente a mulher se endireitou,
e começou a louvar a Deus.
14
O chefe da sinagoga ficou furioso,
porque Jesus tinha feito uma cura
em dia de sábado.
E, tomando a palavra,
começou a dizer à multidão:
“Existem seis dias para trabalhar.
Vinde, então, nesses dias para serdes curados,
mas não em dia de sábado”.
15
O Senhor lhe respondeu:
“Hipócritas!
Cada um de vós
não solta do curral o boi ou o jumento,
para dar-lhe de beber,
mesmo que seja dia de sábado?
16
Esta filha de Abraão,
que Satanás amarrou durante dezoito anos,
não deveria ser libertada dessa prisão,
em dia de sábado?”
17
Esta resposta envergonhou
todos os inimigos de Jesus.
E a multidão inteira se alegrava
com as maravilhas que ele fazia.
Palavra da Salvação.
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – © Todos os direitos reservados)
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Carta apostólica «Dies Domini», §§ 24-25
Uma cura ao sábado, sinal do dia da nova criação
O dia da nova criação: a comparação do domingo cristão com o conceito do sábado, próprio do Antigo Testamento, suscitou aprofundamentos teológicos de grande interesse. De modo particular, evidenciou-se a especial ligação que existe entre a ressurreição e a criação. De fato, era natural que a reflexão cristã relacionasse a ressurreição, acontecida «no primeiro dia da semana», com o primeiro dia daquela semana cósmica (cf Gn 1,1-2,4). […]
O relacionamento feito convidava a ver a ressurreição como o início de uma nova criação, da qual Cristo glorioso constitui as primícias, sendo Ele «o Primogénito de toda a criação» (Cl 1,15), e também «o Primogênito dos que ressuscitam dos mortos» (Col 1,18). Com efeito, o domingo é, mais do que qualquer outro, o dia em que o cristão é chamado a lembrar a salvação que lhe foi oferecida no batismo e o tornou um homem novo em Cristo. «Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que O ressuscitou dos mortos» (Col 2,12; cf Rom 6,4-6).
A liturgia põe em evidência esta dimensão batismal do domingo, quer exortando a celebrar os batismos, para além da Vigília Pascal, também neste dia da semana «em que a Igreja comemora a ressurreição do Senhor», quer sugerindo como oportuno rito penitencial no início da Missa a aspersão com a água benta, que evoca precisamente o evento batismal em que nasce toda a existência cristã.
Por uma Igreja aberta a todos
Rezemos para que a Igreja, fiel ao Evangelho e corajosa no anúncio, seja um lugar de solidariedade, de fraternidade e de acolhimento, vivendo cada vez mais a sinodalidade.