21º Domingo Do Tempo Comum
22 de Agosto de 2021
Cor: Verde
Evangelho – Jo 6,60-69
A quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,60-69:
Naquele tempo:
60 muitos dos discípulos de Jesus
que o escutaram, disseram:
‘Esta palavra é dura.
Quem consegue escutá-la?’
61 Sabendo que seus discípulos estavam murmurando
por causa disso mesmo,
Jesus perguntou:
‘Isto vos escandaliza?
62 E quando virdes o Filho do Homem
subindo para onde estava antes?
63 O Espírito é que dá vida,
a carne não adianta nada.
As palavras que vos falei são espírito e vida.
64 Mas entre vós há alguns que não crêem’.
Jesus sabia, desde o início,
quem eram os que não tinham fé
e quem havia de entregá-lo.
65 E acrescentou:
‘É por isso que vos disse:
ninguém pode vir a mim
a não ser que lhe seja concedido pelo Pai’.
66 A partir daquele momento,
muitos discípulos voltaram atrás
e não andavam mais com ele.
67 Então, Jesus disse aos doze:
‘Vós também vos quereis ir embora?’
68 Simão Pedro respondeu:
‘A quem iremos, Senhor?
Tu tens palavras de vida eterna.
69 Nós cremos firmemente e reconhecemos
que tu és o Santo de Deus’.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Encíclica «Ecclesia de Eucharistia», §§ 18-19
«Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna» (Jo 6,54)
Quem se alimenta de Cristo na Eucaristia não precisa de esperar pelo Além para receber a vida eterna: já a possui na Terra, como primícias da plenitude futura, que envolverá o homem na sua totalidade. De fato, na Eucaristia também recebemos a garantia da ressurreição do corpo no fim do mundo: «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia» (Jo 6,54). Esta garantia da ressurreição futura deriva do fato de a carne do Filho do Homem, dada em alimento, ser o seu corpo no estado glorioso de ressuscitado. Pela Eucaristia, assimila-se, por assim dizer, o «segredo » da ressurreição.
Por isso, Santo Inácio de Antioquia definia adequadamente o pão eucarístico como «remédio de imortalidade, antídoto para não morrer» (Carta aos Efésios,20). A tensão escatológica suscitada pela Eucaristia exprime e consolida a comunhão com a Igreja celeste. Não é por acaso que, nas anáforas orientais e nas orações eucarísticas latinas, se lembra com veneração Maria sempre Virgem, Mãe do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo, os anjos, os santos apóstolos, os gloriosos mártires e todos os santos.
Trata-se dum aspecto da Eucaristia que merece ser assinalado: ao celebrarmos o sacrifício do Cordeiro, unimo-nos à liturgia celeste, associando-nos àquela multidão imensa que clama: «A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro» (Ap 7,10). A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de Céu que se abre na Terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho.
Intenção pela evangelização – A Igreja – Vídeo do Papa A Igreja a caminho
Rezemos pela Igreja, para que receba do Espírito Santo a graça e a força de se reformar à luz do Evangelho.