«Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco» – São Beda o Venerável (c. 673-735), monge beneditino, doutor da Igreja

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Dia 22 de julho de 2018 – 16º Domingo do Tempo Comum –  Cor: Verde

Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.

1ª Leitura – Jr 23,1-6
Reunirei o resto de minhas ovelhas.
Suscitarei para elas pastores.

Leitura do Livro do Profeta Jeremias 23,1-6:

1 ‘Ai dos pastores que deixam perder-se
e dispersar-se o rebanho de minha pastagem,
diz o Senhor!
2 Deste modo, isto diz o Senhor, Deus de Israel,
aos pastores que apascentam o meu povo:
Vós dispersastes o meu rebanho,
e o afugentastes e não cuidastes dele;
eis que irei verificar isso entre vós
e castigar a malícia de vossas ações, diz o Senhor.
3 E eu reunirei o resto de minhas ovelhas
de todos os países para onde forem expulsas,
e as farei voltar a seus campos,
e elas se reproduzirão e multiplicarão.
4 Suscitarei para elas novos pastores
que as apascentem;
não sofrerão mais o medo e a angústia,
nenhuma delas se perderá, diz o Senhor.
5 Eis que virão dias,
diz o Senhor,
em que farei nascer um descendente de Davi;
reinará como rei e será sábio,
fará valer a justiça e a retidão na terra.
6 Naqueles dias, Judá será salvo
e Israel viverá tranquilo;
este é o nome com que o chamarão:
‘Senhor, nossa Justiça.’
Palavra do Senhor!

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Salmo – Sl 22,1-3a.3b-4.5.6 (R. 1.6a)
R. O Senhor é o pastor que me conduz:
felicidade e todo bem hão de seguir-me!

1 O Senhor é o pastor que me conduz;*
não me falta coisa alguma.
2 Pelos prados e campinas verdejantes*
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,*
3 e restaura as minhas forças. R.

3b Ele me guia no caminho mais seguro,*
pela honra do seu nome.
4 Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,*
nenhum mal eu temerei;
estais comigo com bastão e com cajado;*
eles me dão a segurança! R.

5 Preparais à minha frente uma mesa,*
bem à vista do inimigo,
e com óleo vós ungis minha cabeça;*
o meu cálice transborda. R.

6 Felicidade e todo bem hão de seguir-me*
por toda a minha vida;
e na casa do Senhor, habitarei*
pelos tempos infinitos. R.

2ª Leitura – Ef 2,13-18
Ele é a nossa paz; do que
era dividido fez uma unidade.

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 2,13-18

Irmãos:
13 Agora, em Jesus Cristo,
vós que outrora estáveis longe,
vos tornastes próximos,
pelo sangue de Cristo.
14 Ele, de fato, é a nossa paz:
do que era dividido, ele fez uma unidade.
Em sua carne ele destruiu o muro de separação:
a inimizade.
15 Ele aboliu a Lei com seus mandamentos e decretos.
Ele quis, assim, a partir do judeu e do pagão,
criar em si um só homem novo,
estabelecendo a paz.
16 Quis reconciliá-los com Deus,
ambos em um só corpo,
por meio da cruz;
assim ele destruiu em si mesmo a inimizade.
17 Ele veio anunciar a paz a vós que estáveis longe,
e a paz aos que estavam próximos.
18 É graças a ele que uns e outros,
em um só Espírito,
temos acesso junto ao Pai.
Palavra do Senhor.

 

Comentário do dia
São Beda
o Venerável (c. 673-735), monge beneditino, doutor da Igreja
Comentário sobre o evangelho de Marcos, 2; CCL 120, 510

«Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco»

 

«Os apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado». Os apóstolos não estão sozinhos […]; há entre eles outros discípulos de Jesus, bem como discípulos do Batista. […] «Jesus disse-lhes: “Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco”». Para explicar a necessidade de conceder algum repouso aos discípulos, o evangelista prossegue dizendo: «De fato, havia sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer».

A fadiga daqueles que ensinavam e o ardor daqueles que se deixavam instruir mostram claramente como todos eram felizes. Quem dera que a providência de Deus fizesse o mesmo no nosso tempo, e um grande número de fiéis se concentrasse em torno dos ministros da palavra para os ouvir, não lhes deixando sequer tempo de recuperar forças! […] Quem dera que deles fosse reclamada, a tempo e fora de tempo, a palavra da fé e o ministério da salvação!

Desse modo, eles arderiam no desejo de meditar nos preceitos de Deus e de os pôr incessantemente em prática, de maneira que os seus atos não desmentissem os seus ensinamentos. «Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais ninguém». […] Mas as pessoas seguiram-nos, tomando apressadamente a estrada do deserto; não foram de burro nem em qualquer gênero de veículo, mas a pé, mostrando, com esse esforço pessoal, a importância que davam à sua salvação. Em troca, Jesus acolheu esta gente fatigada.

Como Salvador e médico cheio de poder e de bondade, instruiu os ignorantes, curou os doentes e alimentou os famintos, manifestando assim a enorme alegria que o amor dos crentes suscita nEle.

Neste mês de julho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização: Os sacerdotes na sua missão pastoral
Para que os sacerdotes que vivem o seu trabalho pastoral com dificuldade e na solidão se sintam ajudados e confortados pela amizade com o Senhor e com os irmãos.

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