«Todos têm a João por profeta» – São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, doutor da Igreja

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«Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos faça o mesmo» (Lc 3,11) –  – Palavra de vida sugerida pelo Movimento dos Focolares para este mês de dezembro

Dia 15 de dezembro de 2014 – Segunda-feira da 3a semana do Advento

Na Diocese de Blumenau, 15º aniversário de criação da Diocese– Ano da Missão Diocesana

Evangelho segundo S. Mateus 21,23-27:

Naquele tempo, Jesus foi ao templo e, enquanto ensinava, foram ter com Ele os sumos sacerdotes e os anciãos do povo e disseram-lhe: «Com que autoridade fazes isto? E quem te deu tal poder?»
Jesus respondeu-lhes: «Também Eu vou fazer vos uma pergunta. Se me responderdes, digo-vos com que autoridade faço isto.
De onde provinha o batismo de João: do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a pensar entre si: «Se respondermos: 'Do Céu’, vai dizer-nos: 'Porque não lhe destes crédito?’
E, se respondermos: 'Dos homens’, ficamos com receio da multidão, pois todos têm João por um profeta.»
E responderam a Jesus: «Não sabemos.» Disse-lhes Ele, por seu turno: «Também Eu vos não digo com que autoridade faço isto.»
 

Comentário do dia
São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, doutor da Igreja
Sermão nº 1; CCL 122, 2

«Todos têm a João por profeta»

Se perguntarmos porque é que João batizava, uma vez que não podia, através do seu batismo, remir os pecados, a razão é bem clara: é que, para ser fiel ao seu ministério de Percursor, João tinha de batizar antes do Senhor, tal como nascera antes dele, pregava antes dele e morreria antes dele. Ao mesmo tempo, era para impedir que as invejas quezilentas dos fariseus e dos escribas recaíssem sobre o ministério do Senhor, no caso de ser Ele a dar primeiro o batismo aos homens.  «De onde provinha o batismo de João: do Céu ou dos homens?» Tal como não ousaram negar que vinha do Céu, assim também seriam constrangidos a reconhecer que as obras daquele sobre quem João pregava eram realizadas por um poder que vinha do Céu. E, se o batismo de João não remia pecados, não deixava contudo de ser fecundo para aqueles que o recebiam: […] era um sinal de fé e de arrependimento, isto é, lembrava a todos que deviam abster-se do pecado, dar esmola, crer em Cristo e apressar-se a pedir o seu batismo mal Ele aparecesse, para serem lavados para remissão dos seus pecados.

Por outro lado, o deserto onde João habitava representa a via dos santos, que se afastam dos prazeres deste mundo. Quer vivam na solidão quer misturados na multidão, eles tendem com toda a sua alma a desligar-se dos desejos deste mundo, e só encontram alegria quando se ligam a Deus no segredo do seu coração, e põem toda a sua esperança nele. Era para essa solidão da alma, tão cara a Deus, que o profeta desejava tender, com a ajuda do Espírito Santo, quando dizia: «Quem me dera ter asas como a pomba, para poder voar e encontrar abrigo!» (Sl 55,7)

 Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de dezembro, rezemos nas seguintes intenções:

Universal – Natal, esperança para a humanidade
Para que o nascimento do Redentor traga paz e esperança a todos os homens de boa vontade.

Pela Evangelização – Pais evangelizadores
Para que os pais sejam autênticos evangelizadores, transmitindo aos filhos o dom precioso da fé.

 

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