São Patrício, um missionário Ortodoxo que com amor, caridade e humildade, levou a Boa Nova de Nosso Senhor a um povo pagão e tornou esse país, a Irlanda, um bastião da Cristandade Ortodoxa ocidental.
São Patrício, apóstolo dos Irlandeses, foi capturado por piratas irlandeses em sua terra natal, a Grã-Bretanha, quando tinha 16 anos, e levado para o país vizinho, onde passou seis anos como escravo.
Embora fosse filho de um diácono e neto de um padre, foi apenas durante seu cativeiro que ele buscou ao Senhor. Em sua “Confissão”, o testemunho que ele escreveu no final de sua vida, ele diz: “Após chegar a Irlanda, eu pastoreava as ovelhas diariamente, e rezava diversas vezes ao dia – o amor de Deus e o respeito a Ele cresciam mais e mais, e minha fé se fortalecia. E meu espírito foi tocado de modo que, em um único dia, eu fazia cerca de cem orações, e mais cem à noite, mesmo quando estava nos bosques e na montanha. E antes da aurora eu me levantava para orar, e mesmo que nevasse, estivesse frio ou chovendo, nada me atingia”.
Depois de seis anos de escravidão na Irlanda, Deus o guiou em sua fuga. Após um tempo, ele entrou para o mosteiro de Ésir, na Gália (atual França), sob orientação do santo bispo Germano.
Muitos anos depois ele foi ordenado bispo e em 432 pediu para ser enviado novamente à Irlanda, a fim de converter aquele povo a Cristo.
Seu trabalho árduo produziu muitos bons frutos, e em sete anos três bispos foram enviados da Gália para ajudá-lo a guiar seu novo rebanho, a quem ele se referia, em sua Confissão, como “meus irmãos e filhos a quem batizei no Senhor – milhares de pessoas”.
Em sua missão apostólica ele enfrentou muitos “desgastes e dor”, longas jornadas por territórios ermos, e muitos perigos – ele diz que correu risco de vida em pelo menos doze ocasiões.
Quando ele veio para a Irlanda como seu evangelizador, a ilha era um país pagão. Ao final de sua vida, trinta anos após sua chegada, por volta de 461, “a fé em Cristo fora firmada em todos os lugares” (Grande horológion).
O trabalho de São Patrício e seus companheiros é considerado a mais bem-sucedida empreitada missionária da história da Igreja.
Trad.: Ricardo Williams G. Santos