Robson Siqueira / Canção Nova
Arcebispo de Palmas (TO), Dom Alberto Taveira e o Bispo da Prelazia do Marajó, Dom José Luís Azcona Hermoso
A nova Encíclica do Papa Bento XVI lançada nesta terça-feira, 7, Caritas in Veritate, foi um dos assuntos discutidos na coletiva de imprensa desta quarta-feira que contou com a presença do Arcebispo de Palmas (TO), Dom Alberto Taveira e o Bispo da Prelazia do Marajó, Dom José Luís Azcona Hermoso. A coletiva aconteceu durante o XVIII Congresso Nacional da Renovação Carismática Católica (RCC), na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).
Dom Alberto destacou que, na Encíclica, o Papa quer lançar luzes diante dos desafios atuais e dar uma contribuição da Igreja para as questões sociais do mundo. “Bento XVI já havia dito em outras ocasiões que um dos desafios do nosso tempo é o chamado ‘relativismo’, quando as pessoas não querem descobrir ‘a Verdade’, mas cada um fica com a sua verdade. Isso é muito comum hoje. Mas para nós [cristãos] existe uma verdade objetiva e ela tem nome: Jesus Cristo”.
O arcebispo explica que este é o fio condutor da Encíclica. “Se a Igreja quer viver na caridade, mas sem a verdade, então se torna sentimentalismo, assistência social ou até revolução e tantas outras coisas. Mas quando a verdade e a caridade caminham juntas, nós vamos descobrir que ali existe um modo adequado de estar presente no nosso mundo”. Algo que, segundo Dom Azcona, o Papa tem se empenhado em difundir.
“Na penúltima Encíclica Spe Salvi, sobre a esperança, o Papa procurou aproximar a verdade que a razão humana é capaz de adquirir por si mesma, como base para uma unidade – a unidade da humanidade se dá a partir da consciência de que o homem tem capacidade de chegar à verdade”, explicou o bispo da Prelazia de Marajó.
E ressalta que todos tem a capacidade de reflexão, com a qual nós podemos estabelecer diálogos verdadeiros e, a partir deles, construir uma humanidade nova, uma ética comum para toda a sociedade. “Essa paixão que o Papa Bento XVI tem pela razão, pela procura da verdade, pela insistência de que o homem não tem que ficar desarmado nessa busca apaixonada da verdade, foi fundamental na pastoral dele. (…) A verdade tem em si, a imponência da força sobre qualquer mente humana, que esteja aberta e disponível a acolhê-la”.
E por fim, Dom Alberto incentivou a todos para que, nos próximos dias, aprofundem o estudo da Encíclica e possam descobrir todos os seus desdobramentos para a vida do mundo.
Cobertura completa do XVIII Congresso da RCC
Fonte: Site Canção Nova