Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 29 de abril de 2010
5ª. feira da quarta semana da Páscoa
A Igreja celebra hoje: Santa Catarina de Sena (1347-1380) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=29&Mes=4
Livro dos Atos dos Apóstolos 13,13-25:
De Pafos, onde embarcaram Paulo e os companheiros, dirigiram-se a Perga da Panfília. João, porém, separando-se deles, voltou para Jerusalém.
Quanto àqueles, deixaram Perga e, caminhando sempre, chegaram a Antioquia da Pisídia. Num sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se.
Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes dizer: «Irmãos, se tiverdes alguma exortação a dirigir ao povo, falai.»
Então, Paulo, levantando-se, fez sinal com a mão e disse: «Homens de Israel e vós os tementes a Deus, escutai:
O Deus deste povo, o Deus de Israel, escolheu os nossos pais e engrandeceu este povo durante a sua permanência no Egipto. Depois, com a força do seu braço, retirou-o de lá
e, durante uns quarenta anos, sustentou-o no deserto.
A seguir, exterminando sete nações na terra de Canaã, conferiu-lhes a posse do seu território,
por cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Depois disso, deu-lhes juizes até ao profeta Samuel.
Em seguida, pediram um rei, e Deus concedeu-lhes, durante quarenta anos, Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim.
Pondo este de parte, Deus elevou Davi como rei, e a seu respeito deu este testemunho: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará todas as minhas vontades.’
Da sua descendência, segundo a sua promessa, Deus proporcionou a Israel um Salvador, que é Jesus.
João preparou a sua vinda, anunciando um batismo de penitência a todo o povo de Israel.
Quase a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas vem, depois de mim, alguém cujas sandálias não sou digno de desatar.’
Livro de Salmos 89(88),2-3.21-22.25.27:
Hei de cantar para sempre o amor do SENHOR; a todas as gerações anunciarei a sua fidelidade.
Proclamarei que o teu amor é para sempre, e que a tua fidelidade é eterna como o céu.
Encontrei Davi, meu servo, e ungi-o com óleo santo.
A minha mão estará sempre com ele e o meu braço há de torná-lo forte.
A minha fidelidade e o meu amor estarão com ele; pelo meu nome crescerá o seu poder.
Ele me invocará, dizendo: ‘Tu és meu pai, és o meu Deus e o rochedo da minha salvação!’
Evangelho segundo S. João 13,16-20:
Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o envia.
Uma vez que sabeis isto, sereis felizes se o puserdes em prática.
Não me refiro a todos vós. Eu bem sei quem escolhi, e há de cumprir-se a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar.
Desde já vo-lo digo, antes que isso aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu sou.
Em verdade, em verdade vos digo: quem receber aquele que Eu enviar é a mim que recebe, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Santa Catarina de Siena (1347-1380), Dominicana da Ordem Terceira, Doutora da Igreja, co-padroeira da Europa
Diálogos, 167 (a partir da trad. do Breviário)
«Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos»
Tu, Trindade eterna, és como um oceano profundo: quanto mais em Ti procuro, mais encontro; quanto mais encontro, mais procuro. Tu saciais-nos sem fim a alma pois, nas Tuas profundezas, sacias de tal modo a alma que ela torna-se indigente e faminta, porque continua a aspirar e a desejar ver-Te na Tua luz (Sl 35,10), ó luz, Trindade eterna […].
Experimentei e vi com a luz da minha inteligência e na Tua luz, Trindade eterna, ao mesmo tempo, a imensidão das Tuas profundezas e a beleza da Tua criatura. Então vi que, ao revestir-me de Ti, tornar-me-ia na Tua imagem (Gn 1,27), porque Tu dás-me, ó Pai eterno, algo do Teu poder e da Tua sabedoria. Essa sabedoria é o atributo do Teu Filho unigénito. Quanto ao Espírito Santo, que procede de Ti, Pai, e do Teu Filho, concedeu-me a vontade que me faz capaz de amar. Porque Tu, eterna Trindade, Tu és o Criador, e eu a criatura; soube assim, iluminada por Ti, na nova criação que fizeste de mim pelo sangue do Teu Filho unigénito, que foste tomada de amor pela beleza da Tua criatura.