Dia 09 de agosto de 2017 – Quarta-feira da 18ª semana do Tempo Comum -S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir, Padroeira da Europa
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’.
Então, as virgens levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’.
Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’.
Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».
Comentário do dia
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
«A mulher e o seu destino»
«Aí vem o esposo; ide ao seu encontro»
A união da alma com Cristo não é o mesmo que a comunhão entre duas pessoas humanas: começa com o batismo e é constantemente reforçada com os outros sacramentos; é uma integração e um impulso de seiva, como nos diz o símbolo da videira e dos ramos (Jo 15). Este ato de união com Cristo provoca uma aproximação membro a membro entre todos os cristãos; deste modo, a Igreja toma a figura de Corpo Místico de Cristo. Este corpo é um corpo vivo e o espírito que o anima é o Espírito de Cristo, que, partindo da cabeça, se comunica a todos os membros; o espírito que emana de Cristo é o Espírito Santo, e por conseguinte a Igreja é o templo do Espírito Santo (cf 1Cor 6,19).
Mas, apesar da real unidade orgânica da cabeça e do corpo, a Igreja encontra-se ao lado de Cristo como pessoa independente. Enquanto Filho do Pai Eterno, Cristo vivia antes do início dos tempos e antes de qualquer existência humana; pelo ato da criação, a humanidade vivia antes de Cristo tomar a natureza humana e ser integrado nela. Pela sua incarnação, Ele trouxe à humanidade a sua vida divina; pela sua obra de redenção, tornou a humanidade capaz de receber a graça. […] A célula primitiva desta humanidade resgatada é Maria: é nela que se realiza pela primeira vez a purificação e a santificação operadas por Cristo, é Ela a primeira a ser cheia do Espírito Santo. Antes de nascer da Santíssima Virgem, o Filho de Deus criou esta Virgem cheia de graça e, nela e com ela, a Igreja. É por isso, sendo uma criatura distinta dele, a Igreja se encontra a seu lado, embora indissoluvelmente ligada a Ele.
Qualquer alma purificada pelo batismo e elevada ao estado de graça é, por essa mesma razão, criada por Cristo e nascida para Cristo. Mas é criada na Igreja e nasce pela Igreja. […] Assim, a Igreja é a mãe de todos aqueles a quem se destina a redenção. É-o pela sua união íntima com Cristo, e porque se realiza a seu lado, na qualidade de Esposa de Cristo, para colaborar na sua obra de redenção.
Universal: Pelos artistas do nosso tempo, para que, através das obras do seu engenho, ajudem todas as pessoas a descobrir a beleza da criação.