“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros” (Tg 5,9)
– É esta a Palavra do Evangelho proposta pelo Movimento dos Focolares para ser vivida durante todo este mês de abril. Mas como vive-la! Leia e medite o respectivo comentário escrito por Chiara Lubich: http://diocesedeblumenau.org.br/detalhe_00500.php?cod_select=5564&cod_002=5
Dia 04 de abril de 2013 – 5ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA
Na Diocese de Blumenau, Triênio Missionário – Ano da Missão com a Juventude
Evangelho segundo S. Lucas 24,35-48:
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.
Enquanto isto diziam, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dominados pelo espanto e cheios de temor, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes, então: «Porque estais perturbados e porque surgem tais dúvidas nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo. Tocai-me e olhai que um espírito não tem carne nem ossos, como verificais que Eu tenho.»
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam, Ele perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?»
Deram-lhe um bocado de peixe assado;
e, tomando-o, comeu diante deles.
Depois, disse-lhes: «Estas foram as palavras que vos disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos.»
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia;
que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém.
Vós sois as testemunhas destas coisas.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978
Audiência Geral de 9 de Abril de 1975
«A paz esteja convosco!»
Fixemos agora a nossa atenção na saudação imprevista de Jesus ressuscitado aos Seus discípulos recolhidos a portas fechadas no Cenáculo com medo dos judeus (Jo 20,19), saudação repetida por três vezes no mesmo contexto evangélico e que, à época, devia ser uma saudação habitual, mas que, proferida nas circunstâncias mencionadas, se reveste de uma extraordinária plenitude. Por certo vos lembrais dela: «A paz esteja convosco!», na qual ressoa o canto angélico do Natal: «paz na terra» (Lc 2,14). Trata-se de uma saudação bíblica, pré-anunciada como promessa efetiva do reino messiânico (Jo 14,27), mas agora comunicada como uma realidade declarada a esse primeiro núcleo da Igreja nascente: a paz, a paz de Cristo, saído vitorioso da morte e das causas, quer imediatas, quer afastadas, dos tremendos e desconhecidos efeitos que ela encerra.
Jesus Ressuscitado anuncia, assim, a paz e infunde-a ao desconcertado ânimo dos discípulos […], a paz do Senhor, entendida no seu significado primordial, tanto pessoal quanto interior, tanto moral quanto psicológico, inseparável da felicidade, que São Paulo enumera na sua lista dos frutos do Espírito Santo logo após a caridade e a alegria, quase se confundindo com elas (Gl 5,22). Esta feliz fusão não é estranha à nossa experiência espiritual comum; é até a melhor resposta à interrogação sobre o estado da nossa consciência, quando somos capazes de dizer «a minha consciência está em paz». O que haverá de mais precioso para o homem honesto na sua consciência? […]
A paz da consciência é, assim, a melhor e a mais autêntica felicidade, que nos ajuda a sermos fortes nas adversidades, nos resguarda a nobreza e a liberdade nas piores condições, e é para todos a tábua de salvação, porque é esperança […] quando o desespero tende a levar a melhor. […] O incomparável dom da paz interior é, assim, o primeiro dom de Cristo Ressuscitado aos Seus, dom de Quem havia imediatamente instituído […] o sacramento que dá a paz, o sacramento do perdão, desse perdão que ressuscita (Jo 20,23).
Neste mês, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Geral: Para que a celebração pública e orante da fé seja fonte de vida para os fiéis.
Missionária: Para que as Igrejas particulares dos territórios de missão sejam sinal e instrumento de esperança e de ressurreição.