* Pe. Márcio Queiroz
Um dos maiores legados de uma Jornada Mundial da Juventude é a unidade. Quem participa de uma JMJ pode ver e sentir no coração o povo de Deus falando uma só linguagem: a do amor.
Durante o encontro as diversas culturas e espiritualidades convivem e se entendem. Alguém que observa do ‘lado de fora’ pode questionar como tantas línguas e raças não se tornam uma ‘babel’. Ao contrário, a juventude reunida ao redor do Papa dá um testemunho vivo de fé e de esperança em um mundo diferente, melhor.
A próxima Jornada, que acontecerá no Rio de Janeiro em 2013, já começou a dar esses frutos no Brasil. E isso pode ser comprovado dia a dia desde a chegada dos símbolos da JMJ ao país, em setembro. Todas as dioceses do Brasil já estão mobilizadas para viver esse tempo de graça.
A Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora têm sido carregados, literalmente, por milhares de jovens. A chegada, na capital de São Paulo, no Bote Fé, reuniu mais de 100 mil pessoas no local, e outros tantos milhões, que acompanharam pelos meios de comunicação, todos no desejo de estar ao redor da cruz de Cristo.
A entrega da Cruz, de uma diocese a outra, vai muito além de uma cerimônia formal ou obrigatória. A Cruz é passada de mão em mão, de ombro a ombro, entregando vidas e sonhos.
O Setor Juventude da CNBB, responsável pela peregrinação dos símbolos da Jornada, tem sido um grande incentivador da unidade nesse caminho. Em cada cidade e regional é preparada uma verdadeira festa, um ato de comunhão. E tudo isso pode ser acompanhado através da cobertura feita pelos jovens, que conseguiram plantar ao longo desse percurso uma grande rede de partilha, através do site dos jovens conectados.
Quantas vezes temos nos emocionado ao ler os relatos da peregrinação. Quem ama a Jornada ou mesmo quem ainda está começando nesse amor gostaria de estar presente em todos esses momentos. Se isso não é possível fisicamente, se torna viável virtualmente, graças à dedicação desses jovens.
Pode-se sentir no ar, a soprar pelo Brasil, um tempo novo de avivamento. Não deixemos escapar essa graça, essa chance de evangelizar através da vida nova que conhecemos em Cristo.
Os símbolos da JMJ ainda têm um longo caminho a percorrer em todos os cantos do país. Acompanhemos atentos e de coração aberto tudo que o que ainda está por acontecer. A Arquidiocese do Rio de Janeiro se une em oração a todas as dioceses e se coloca disponível para acolher os jovens de todo o mundo.
A Jornada de 2013 já começou. Deus seja louvado pelos frutos que já experimentamos e pelo melhor que ainda está guardado.
* Pe. Márcio Queiroz é Diretor de Comunicação da JMJ RIO2013 e Assessor da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese do Rio de Janeiro