2ª-feira da 30ª Semana Do Tempo Comum
25 de Outubro de 2021
Cor: Branco
Evangelho – Lc 13,10-17
Esta filha de Abraão, não deveria ser
libertada dessa prisão, em dia de sábado?
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 13,10-17:
Naquele tempo:
10 Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado.
11 Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos,
estava com um espírito que a tornava doente.
Era encurvada e incapaz de se endireitar.
12 Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse:
‘Mulher, estás livre da tua doença.’
13 Jesus colocou as mãos sobre ela,
e imediatamente a mulher se endireitou,
e começou a louvar a Deus.
14 O chefe da sinagoga ficou furioso,
porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado.
E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão:
‘Existem seis dias para trabalhar.
Vinde, então, nesses dias para serdes curados,
mas não em dia de sábado.’
15 O Senhor lhe respondeu:
‘Hipócritas! Cada um de vós
não solta do curral o boi ou o jumento,
para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado?
16 Esta filha de Abraão,
que Satanás amarrou durante dezoito anos,
não deveria ser libertada dessa prisão,
em dia de sábado?’
17 Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus.
E a multidão inteira se alegrava
com as maravilhas que ele fazia.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Catecismo da Igreja Católica
§1730; 1739-1742
«E esta mulher, filha de Abraão, que Satanás prendeu há dezoito anos, não devia libertar-se desse jugo?»
Deus criou o homem racional, conferindo-lhe a dignidade de pessoa dotada de iniciativa e do domínio dos seus próprios atos. «Deus quis “deixar o homem entregue à sua própria decisão” (Sr 15,14), de tal modo que procure por si mesmo o seu Criador e, aderindo livremente a Ele, chegue à total e beatífica perfeição»: «O homem é racional e, por isso, semelhante a Deus, criado livre e senhor dos seus atos» (Santo Ireneu). […] A liberdade do homem é finita e falível. E, de fato, o homem falhou. Livremente, pecou. Rejeitando o projeto divino de amor, enganou-se a si mesmo; tornou-se escravo do pecado.
Esta primeira alienação gerou uma multidão de outras. A história da humanidade, desde as suas origens, dá testemunho de desgraças e opressões nascidas do coração do homem, como consequência de um mau uso da liberdade. […] Afastando-se da lei moral, o homem atenta contra a sua própria liberdade, agrilhoa-se a si mesmo, quebra os laços de fraternidade com os seus semelhantes e rebela-se contra a verdade divina. Pela sua cruz gloriosa, Cristo obteve a salvação de todos os homens. Resgatou-os do pecado, que os retinha numa situação de escravatura. «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou» (Gl 5,1).
NEle, nós comungamos na verdade que nos liberta (Jo 8,32). Foi-nos dado o Espírito Santo e, como ensina o Apóstolo, «onde está o Espírito, aí está a liberdade» (2Cor 3,17). Já desde agora nos gloriamos da «liberdade dos filhos de Deus» (Rm 8,21). A graça de Cristo não faz concorrência, de modo nenhum, à nossa liberdade, quando esta corresponde ao sentido da verdade e do bem que Deus colocou no coração do homem.
Pelo contrário, e como certifica a experiência cristã sobretudo na oração, quanto mais dóceis formos aos impulsos da graça, tanto mais crescem a nossa liberdade interior e a nossa segurança nas provações, como também perante as pressões e constrangimentos do mundo exterior. Pela ação da graça, o Espírito Santo educa-nos para a liberdade espiritual, para fazer de nós colaboradores livres da sua obra na Igreja e no mundo.
Intenção pela evangelização – Discípulos missionários
Rezemos para que cada batizado seja envolvido na evangelização e disponível para a missão, através de um testemunho de vida que tenha o sabor do Evangelho.