Beata Madre Assunta Marchetti (1871-1948) – suportou, com heroísmo, as duras provas do dia-a-dia -, celebrada hoje, 01 de julho, roga por todos nós!

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Assunta nasceu em Lombrici, de Camaiore, província de Lucca, Itália, no dia 15 de agosto, dia da Assunção de N. Senhora ao céu, daí seu nome. Seus pais eram Angelo Marchetti e Carolina Ghilarducci, moleiros. Toda a família se dedicava ao trabalho da moagem de cereais, e como meeiros dos proprietários, dependiam do moinho não só para o sustento como para a moradia. Além do pesado trabalho, a mãe adoentada confiava na ajuda de Assunta no cuidado dos irmãos menores, pois era a terceira filha de 11 irmãos. A situação dificultou-lhe a realização de seu desejo de tornar-se irmã clarissa, contemplativa. Seu anseio foi adiado ainda mais, pois seu irmão mais velho José Marchetti ingressou no seminário de Lucca, e ordenou-se padre em 1892. Isso aumentou-lhe os trabalhos.

Eram os anos da grande imigração italiana para as Américas. Impulsionado pela pregação do Beato Dom João Batista Scalabrini, apóstolo dos migrantes, seu irmão Pe. José embarcou para o Brasil em outubro de 1894. Em fevereiro de 1895 iniciou a construção do Orfanato Cristóvão Colombo, em São Paulo, e retornando à Itália, convidou Assunta a abraçar a causa dos migrantes. Não foi fácil convencê-la, pois queria ser irmã de clausura, e dedicar-se à vida de oração pela Igreja. Seu irmão lhe disse: “…lá estou sozinho com 200 órfãos”, e indicando um quadro acrescentou: “- olhe para o Coração de Jesus, escute seus apelos e depois me responda se vem ou não comigo para o Brasil”[1]. Assunta simplesmente abaixou a cabeça num ‘sim’ que lhe marcou toda a vida. Diante do chamado da graça, não usou de meios termos, mas tomou sua decisão definitiva e total. Tinha então 24 anos. Assim, ela, sua mãe Carolina e mais duas vocacionadas fizeram os votos simples como membros das ‘Servas dos Órfãos e Abandonados no Exterior’, nome original da congregação, fundada por Dom Scalabrini e seu irmão José. Em outubro de 1895 partem para o Brasil, deixando definitivamente sua pátria. Sua mãe ficara viúva, estava com 45 anos e trazia suas duas filhas menores, de 4 e de 2 anos.

Chegando em São Paulo, enfrentaram o insano trabalho de cuidar de centenas de órfãos, gestantes, imigrantes afetados pela cólera, difteria, etc. O objetivo do orfanato era o de criar em torno da vida das crianças um clima de família, para que elas pudessem se tornar protagonistas do seu próprio viver. Todas as crianças eram recebidas, independente de sua cor ou nacionalidade de origem.

Me. Assunta se colocou à frente desse grupo inicial de 4 irmãs, ocupando tanto o posto de superiora como o de cozinheira. Foi a coluna que sustentou a congregação, sobretudo diante da morte prematura do irmão e fundador, aos 27 anos, em dezembro do ano seguinte, 1896. Por sugestão de Dom Alvarenga, então bispo de São Paulo, a congregação mudou o nome para o de Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, as Scalabrinianas ou Irmãs Carlistas. Me. Assunta concordou, pois achava que o nome condizia bem com o carisma inicial do grupo. Anos depois, em 1900, foi forte e decidida quando teve que defender sua congregação contra a decisão de incorporá-las à congregação das Irmãs Apóstolas, como era intenção de Dom Scalabrini. Me. Assunta soube enfrentar autoridades com energia e respeito, decidida por continuar a observar o carisma fundacional e as constituições escritas por Pe. Marchetti. Dom Scalabrini esteve 4 semanas em São Paulo, em 1904, junto às irmãs. Encorajou-as, e ao retornar à Itália decidiu pedir à Santa Sé a separação das duas congregações, pois tinham carismas diferentes. A partir de 1907 veio a solução definitiva, quando as Missionárias de São Carlos, por ser ainda de direito diocesano, passaram a depender do bispo de São Paulo, então Dom Duarte Leopoldo e Silva. Dessa forma, a congregação tomou seu rumo definitivo. Dom Duarte contribuiu para que essa solução fosse tomada, mas, como era próprio do estilo autoritário da época, em 1910 determinou que Me. Assunta e suas companheiras, após 15 anos de vida religiosa, fizessem novamente o noviciado canônico. Assim, em 1912 elas puderam fazer seus votos perpétuos e Me. Assunta foi nomeada superiora geral por seis anos.

Me. Assunta suportou, com heroísmo, as duras provas do dia-a-dia. À noite atendia quantos batiam à sua porta no pequeno ambulatório instalado no orfanato feminino de Vila Prudente. Quando trabalhava nos hospitais, não tinha um instante de descanso, pois os doentes sempre a queriam por perto, seja para dizer-lhes uma boa palavra, seja para curar suas feridas. Dormia ao lado dos indigentes, para atendê-los a toda hora. A religião, para ela, era o serviço ao pobre: servia-o como se servisse a Cristo em pessoa. Com a mesma solicitude com que se dirigia à capela para rezar, dirigia-se ao pobre para servi-lo, pois o Cristo presente na Eucaristia era o mesmo presente nos sofredores.

Possuía um caráter forte, mas sabia controlar-se. Moderada no comer e no beber, não escolhia alimentos, procurando sempre aqueles que menos apreciava. Pouco repousava, amava a simplicidade e recusava a comodidade. Quando superiora da sua Congregação, aliava a oração e a adoração eucarística aos mais pesados serviços junto das irmãs, mostrando real interesse pelo que faziam, levantando-lhes o ânimo. Sabia ouvir, partilhar, valorizar. Antes de resolver qualquer problema, costumava passar horas junto ao sacrário, ponderando os prós e contras, até decidir-se pelo melhor.

Costumava dizer: “Tudo o que acontece é bom, porque vem de Deus”. Parecia fazer eco ao seu irmão Pe. José, falecido ainda jovem, que em tudo dizia “Deo Gratias”.

Nos últimos meses viveu em uma cadeira de rodas. Mesmo imobilizada em uma cama, interessava-se por tudo o que se passava na casa, preocupando-se com todos. Após 53 anos de vida missionária, Me. Assunta morreu como viveu: tranqüila, calma, serena, meiga, carinhosa, no meio dos seus orfãozinhos, em 1º de julho de 1948.

Hoje as Irmãs Carlistas são mais de 800, presentes em 20 nações de 4 continentes. Madre Assunta foi Beatificada no dia 25 de Outubro de 2014 na Catedral da Sé , em São Paulo, em Celebração presidida por Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos e pelo Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

São Galo
489-554

Filho de pais nobres e ricos, descendente de família tradicional da corte da França, Galo nasceu no ano 489, na cidade de Clermont, na diocese de Auvergne. Foi tio e professor de outro santo da Igreja, o bispo Gregório de Tours.

Na sua época era costume os pais combinarem os matrimônios dos filhos. Por isso ele estava predestinado a casar-se com uma jovem donzela de nobre estirpe.

Mas Galo, desde criança, já havia dedicado sua alma à vida espiritual. Para não ter de obedecer à tradição social, ele fugiu de casa, refugiando-se no convento de Cournou, daquela mesma diocese.

Após intensas negociações, seu pai acabou permitindo que ele ingressasse na comunidade monástica. Foi assim que Galo iniciou uma carreira totalmente voltada para a fé e aos atos litúrgicos. Ele era tão dedicado às cerimônias da santa missa que se especializou nos cânticos. Contam os escritos que, além do talento para a música, era também dotado de uma voz maravilhosa, que encantava e atraía fiéis para ouvi-lo cantar no coro do convento.

Mas suas virtudes cristãs não se limitavam às liturgias. Sua atuação religiosa logo lhe angariou prestígio e, em pouco tempo, foi designado para atuar na corte de Teodorico, rei da Austrásia, atualmente Bélgica. Em 527, quando morreu o bispo Quinciano, Galo era tão querido e respeitado que o povo o elegeu para ocupar o posto.

Se não bastasse sua humildade, piedade e caridade, para atender às necessidades do seu rebanho, Galo protagonizou vários prodígios ainda em vida. Um dos mais citados foi ter salvado a cidade de um pavoroso incêndio que ameaçava transformar em cinzas todas as construções locais. As orações de Galo teriam aplacado as chamas, que se apagavam na medida em que ele rezava. Outro muito conhecido foi o que livrou os habitantes de morrerem vítimas de uma peste que assolava a região. Diante da bênção de Galo, o fiel ficava curado da doença.

Ele morreu em 1° de julho de 554, causando forte comoção na população, que logo começou a invocá-lo como santo nas horas de dor e necessidade, antes mesmo de sua canonização ter sido decretada.

Com o passar dos séculos, são Galo, foi incluído no livro dos santos da Igreja de Roma, cuja festa litúrgica foi mantida no dia da sua morte, como quer a tradição cristã.

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Santo Oliver Plunkett
1625-1681

Oliver Plunkett, irlandês, nasceu no ano de 1625, em Loughcrew, numa família de nobres. Ele queria ser padre, mas para realizar sua vocação estudou particularmente e na clandestinidade. Devido à perseguição religiosa empreendida contra os católicos, seus pais o enviaram para completar o seminário em Roma, onde recebeu a ordenação em 1654.

A ilha irlandesa pertence à Coroa inglesa e possuía maioria católica. Mas como havia rompido com a Igreja de Roma, o exército real inglês, liderado por Cromwel, assumiu o poder para conseguir a unificação política da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Obcecado pelo projeto, mandara até mesmo assassinar o rei Carlos I. E na Irlanda não fez por menos, todos os religiosos, sem exceção, foram mortos, além de leigos, militares e políticos; enfim, todos os que fossem católicos. Por isso o então padre Plunkett ficou em Roma exercendo o ministério como professor de teologia.

Em 1669, o bispo da Irlanda, que estava exilado na Itália, morreu. Para sucedê-lo, o papa Clemente IX consagrou o padre Oliver Plunkett, que retornou para a Irlanda viajando como clandestino. Dotado de carisma, diplomacia, inteligência, serenidade e de uma fé inabalável, assumiu o seu rebanho com o intuito de reanimar-lhes a fé. Junto às autoridades ele conseguiu amenizar os rigores impostos aos católicos.

Porém Titus Oates, que fora anglicano e depois conseguiu tornar-se jesuíta, ingressando num colégio espanhol, traiu a Igreja romana. Ele, para usufruir os benefícios da Coroa inglesa, apresentou uma lista de eclesiásticos e leigos afirmando que tentariam depor o rei Carlos II. Nessa relação estava o bispo Plunkett, que foi condenado à morte por decapitação pública.

A execução ocorreu em Londres, no dia 1° de julho de 1681. Antes, porém, ele fez um discurso digno de um santo e mártir. Segundo registros da época, o seu heroísmo na hora do martírio, somado ao seu discurso, contribuiu para a glória da Igreja de Roma mais do que muitos anos do mais edificante apostolado.

O seu culto foi confirmado no dia 1° de julho ao ser beatificado em 1920. Canonizado pelo papa Paulo VI em 1975, santo Oliver Plunkett possui duas sepulturas. O seu corpo esta na Abadia de Downside, em Londres, enquanto sua cabeça esta na Abadia de Drogheda, na Irlanda.

Ele foi o último católico condenado à morte na Inglaterra em razão de sua fé.

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Preciosíssimo Sangue de Cristo

Em 1848, o Papa Pio IX foi expulso de Roma pelas forças revolucionárias. No ano seguinte, os exércitos franceses permitiram-lhe voltar à Cidade Eterna, após um ataque que durou de 28 de Junho a 1 de Julho. Invocando e dando graças pelo sangue derramado por Jesus por amor aos homens de todos os tempos, o Sumo Pontífice criou esta festa, situando-a no dia em que lhe foi possível voltar a Roma. S. Pio X alargou a festa à Igreja Universal. Nos nossos dias é celebrada solenemente em algumas congregações religiosas.

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