3ª-feira da 18ª Semana Do Tempo Comum
4 de Agosto de 2020
Cor: Branco
Evangelho – Mt 14,22-36
‘Senhor,manda-me ir ao teu encontro,
caminhando sobre a água.’
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 14,22-36:
Depois que a multidão comera até saciar-se,
22 Jesus mandou que os discípulos entrassem na barco
e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar,
enquanto ele despediria as multidões.
23 Depois de despedi-las,
Jesus subiu ao monte, para orar a sós.
A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho.
24 A barca, porém, já longe da terra,
era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.
25 Pelas três horas da manhã,
Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar.
26 Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar,
ficaram apavorados, e disseram:
‘É um fantasma’. E gritaram de medo.
27 Jesus, porém, logo lhes disse:
‘Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!’
28 Então Pedro lhe disse:
‘Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro,
caminhando sobre a água.’
29 E Jesus respondeu: ‘Vem!’
Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água,
em direção a Jesus.
30 Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo
e começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-me!’
31 Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse:
‘Homem fraco na fé, por que duvidaste?’
32 Assim que subiram no barco, o vento se acalmou.
33 Os que estavam no barco,
prostraram-se diante dele, dizendo:
‘Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!’
34 Após a travessia desembarcaram em Genesaré.
35 Os habitantes daquele lugar, reconheceram Jesus
e espalharam a notícia por toda a região.
Então levaram a ele todos os doentes;
36 e pediam que pudessem, ao menos,
tocar a barra de sua veste.
E todos os que a tocaram, ficaram curados.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Orígenes (c. 185-253)
presbítero, teólogo
Homilia 1 sobre o Levítico; PG 12,405
«São cegos a guiarem cegos»
Quando, nos últimos dias, o Verbo de Deus nasceu de Maria revestido de carne e Se mostrou neste mundo, aquilo que se via dele não era o que a inteligência podia discernir. Ver a sua carne era para todos, mas o conhecimento da sua divindade era dado apenas a alguns. Do mesmo modo, quando o Verbo de Deus Se dirige aos homens através da Lei antiga e dos profetas, apresenta-Se coberto de vestes adequadas.
Na sua encarnação, vestiu-Se de carne; nas Sagradas Escrituras, está vestido com o véu das letras. O véu das letras é comparável à sua humanidade, e o sentido espiritual da Lei à sua divindade. No livro do Levítico, encontramos os ritos do sacrifício, as diversas vítimas, o serviço litúrgico dos sacerdotes […]; bem-aventurados os olhos que veem o Espírito divino oculto no interior do véu. […]
Quando alguém se vira para o Senhor, diz o apóstolo Paulo, o véu é tirado, pois «onde está o Espírito do Senhor há liberdade» (2Cor 3,17). É, portanto, ao próprio Senhor, ao próprio Espírito Santo, que devemos rezar, para que Se digne remover toda a obscuridade e possamos contemplar em Jesus o admirável sentido da Lei, como aquele que disse: «Abri os meus olhos para que possa contemplar as maravilhas da vossa Lei» (Sl 118,18).
Intenção de oração universal – O mundo do mar
Rezemos por todas as pessoas que trabalham e vivem do mar, entre elas os marinheiros, os pescadores e suas famílias.