Leitura do evangelho:
20 de setembro de 2009
25º Domingo do Tempo Comum
Mc 9,30-37:
Jesus e os discípulos saíram daquele lugar e continuaram atravessando a Galiléia. Jesus não queria que ninguém soubesse onde ele estava porque estava ensinando os discípulos. Ele lhes dizia:
– O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele ressuscitará.
Eles não entendiam o que Jesus dizia, mas tinham medo de perguntar.
Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum. Quando já estavam em casa, Jesus perguntou aos doze discípulos:
– O que é que vocês estavam discutindo no caminho?
Mas eles ficaram calados porque no caminho tinham discutido sobre qual deles era o mais importante.
Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse:
– Se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos.
Aí segurou uma criança e a pôs no meio deles. E, abraçando-a, disse aos discípulos:
– Aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará também me recebendo. E quem me receber não recebe somente a mim, mas também aquele que me enviou.
Comentário do Evangelho:
São Leão Magno (? –cerca de 461), papa e doutor da Igreja
Discurso sobre o Natal do Senhor
“Quem acolhe uma destas crianças em meu nome, acolhe a mim”
A majestade do Filho de Deus não desprezou a condição da infância. Mas com o passar dos anos, o menino cresceu até a estatura de homem perfeito. Depois de ter completado plenamente o triunfo da paixão e da ressurreição, todos os gestos da condição de humildade que ele havia adotado por nosso amor, entraram a fazer parte do passado. Assim, a festa da sua natividade renova para nós os primeiros instantes da vida de Jesus, nascido de Maria Virgem. E enquanto adoramos o nascimento do nosso Salvador, vemo-nos a celebrar também as nossas origens.
Na verdade, quando Cristo nasce, começa o povo cristão: o nascimento da cabeça é também o nascimento do corpo. Naturalmente todos aqueles que são chamados, eles o são num momento preciso, e os filhos da Igreja comparecem em épocas diversas. No entanto, visto que os fiéis na sua globalidade, nascidos da fonte do Batismo, foram crucificados com Cristo na sua paixão, ressuscitados na sua ressurreição, colocados à direita do Pai na sua ascensão, eles nasceram com eles no seu nascimento.
Todo aquele que crê, em qualquer parte do mundo, todavia, renasce em Cristo; depois de ter deixado o caminho do pecado que o caracterizava desde as origens, torna-se um homem novo com este segundo nascimento. Ele não pertence mais nem à descendência do seu pai segundo a carne, mas à estirpe do Salvador, visto que este se tornou Filho do homem para que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus.