3ª-feira da 3ª Semana da Páscoa – 7 de Maio de 2019 – Cor: Branco
Evangelho – Jo 6,30-35
Não foi Moisés, mas meu Pai é que vos
dá o verdadeiro pão do céu.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,30-35:
Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus:
30 ‘Que sinal realizas,
para que possamos ver e crer em ti?’
Que obra fazes?
31 Nossos pais comeram o maná no deserto,
como está na Escritura:
‘Pão do céu deu-lhes a comer’.
32 Jesus respondeu:
‘Em verdade, em verdade vos digo,
não foi Moisés quem vos deu
o pão que veio do céu.
É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu.
33 Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu
e dá vida ao mundo.’
34 Então pediram:
‘Senhor, dá-nos sempre desse pão’.
35 Jesus lhes disse:
‘Eu sou o pão da vida.
Quem vem a mim não terá mais fome
e quem crê em mim nunca mais terá sede.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Cirilo de Alexandria (380-444)
bispo, doutor da Igreja
Sobre Isaías, IV, 1
«Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu»
«Cantai ao Senhor um cântico novo!» (Sl 95,1). Novo é o cântico, para se ajustar a realidades novas, pois, como Paulo escreveu, «se alguém está em Cristo é uma criatura nova; o mundo antigo passou, foi feito um mundo novo» (2Cor 5,17). Os que eram israelitas de sangue foram libertados da tirania dos egípcios graças ao mediador desse tempo, o muito sábio Moisés; foram libertados do trabalho penoso dos tijolos, dos suores inúteis das tarefas terrenas […], da crueldade dos supervisores, da dureza inumana do faraó. Atravessaram o mar; no deserto comeram o maná; beberam a água que jorrou do rochedo; passaram o Jordão a pé enxuto; foram introduzidos na terra da promessa.
Ora, tudo isso foi renovado por nós, e o mundo novo é incomparavelmente melhor que o antigo. Nós fomos libertados de uma escravatura que não é terrena, mas espiritual; fomos libertados, não só das tarefas desta Terra, mas da mancha dos prazeres carnais. Não escapamos aos contramestres egípcios ou ao tirano ímpio e impiedoso, homem como nós, mas aos demônios malignos e impuros que incitam a pecar, e ao chefe da sua raça, Satanás. Atravessamos as ondas da vida presente, como um mar, com o seu tumulto e as suas loucas agitações. Comemos o maná espiritual, o pão descido do Céu, que dá a vida ao mundo.
Bebemos a água que jorra da rocha, fazendo das águas vivas de Cristo as nossas delícias. Atravessamos o Jordão graças ao santo batismo que fomos julgados dignos de receber. Entramos na terra prometida aos santos e preparada para eles, a terra que o Senhor recorda ao dizer: «Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a Terra» (Mt 5,4).
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de maio, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização:
A missão dos leigos
Para que os fiéis leigos realizem a sua missão específica colocando a sua criatividade ao serviço dos desafios do mundo atual.