Dar bons frutos – Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo

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Dia 28 de junho de 2017 – Quarta-feira da 12ª semana do Tempo Comum

No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!

 

Evangelho segundo S. Mateus 7,15-20:

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes.
Pelos frutos os conhecereis. Poderão colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos?
Assim, toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
Portanto, pelos frutos os conhecereis».

Comentário do dia
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 7

Dar bons frutos

 

 

Numa vinha, revolve-se a terra à volta das vides e mondam-se as ervas daninhas. Também o Homem se deve mondar a si próprio, e estar profundamente atento ao que mais poderá ainda arrancar no fundo do seu ser, para que o Sol divino possa aproximar-se mais de si e em si brilhar. Se deixares a força do alto fazer a sua obra […], o sol tornar-se-á brilhante, dardejará os seus quentes raios sobre os frutos e torná-los-á mais e mais transparentes. Maior doçura terão, finíssimas se tornarão as suas finas cascas. Assim é também no domínio espiritual. Os obstáculos de permeio tornam-se por fim tão ténues, que recebemos ininterruptamente os toques divinos, e de muito perto. E, sempre que nos voltarmos para Ele, encontraremos no interior o divino Sol a brilhar com muito mais intensidade que todos os sóis que alguma vez brilharam no firmamento. E assim, tudo no homem será deificado, a tal ponto que ele já não sentirá, não experimentará nem verdadeiramente conhecerá com tão profundo conhecimento mais nada a não ser Deus, e tal conhecimento ultrapassará em muito o modo de conhecimento da razão.

Arrancaremos por fim as folhas aos sarmentos, para que o sol possa bater nos frutos sem encontrar obstáculo algum. Assim será com o Homem: tudo o que estiver de permeio cairá e tudo receberá de modo imediato. Cairão orações, representações de santos, práticas de devoção, exercícios. Mas que o Homem se livre de rejeitar estas práticas enquanto por si próprias elas não caírem. Só então, atingido esse estádio, o fruto se há de tornar tão doce, de uma forma tão indescritível, que não haverá razão capaz de tal compreender. […] Seremos um só com a doçura divina, estando o nosso ser todo penetrado pelo Ser divino e sendo nós como uma gota num grande tonel de vinho […]. Aqui, as boas intenções e a humildade são a mera simplicidade, um mistério tão essencialmente pacificador, que teremos, até, dificuldade em tomar consciência dele.

 

 

Neste mês de junho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: Pelos responsáveis das nações, para que se empenhem decididamente em pôr fim ao comércio de armas, que provoca tantas vítimas inocentes.

 

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