Mãe educadora, Mãe de Jesus, Mãe da humanidade e Mãe da Igreja
Com o coração aberto e cheio de humildade Maria aceitou a vontade divina, dando a luz ao filho de Deus. A mãe de Jesus foi uma mulher simples do povo e sensível às necessidades dos pobres. Vivia em Nazaré, como qualquer jovem de sua cultura: arrumava a casa, cuidava dos familiares menores e participava das festas religiosas.
Escolhida para ser a mãe do filho de Deus, mesmo tendo sido prometida a ser esposa de um carpinteiro justo e honrado, chamado José, aquela mulher fez sua caminhada na obscuridade da fé. Sua entrega também lhe fez sentir surpresa, conflito e sofrimento.
Protegeu, educou e amou imensamente aquele menino, moldando sua personalidade. Foi com Maria que Jesus aprendeu a andar, falar, amar e respeitar todas as criaturas. Ela viu o filho de Deus crescer, acompanhando-o, ouvindo- -o e admirando-o até o seu sacrifício final. A Mãe tornou-se discípula, por sua constante contemplação da Palavra e das ações de Jesus, ela caminhou ao seu lado demonstrando todo o amor e compromisso com os planos de Deus.
A missionária mais perfeita da Palavra de Deus aos pés da cruz viveu o sofrimento incomensurável da agonia e morte de Jesus, ainda assim, Maria jamais desanimou. Sua maternidade foi confiada aos discípulos e ela os manteve unidos como família de Deus, incentivando o amor fraterno, o perdão, a reconciliação e a ajuda aos necessitados. Seu exemplo nos conduz e ensina a colocar em prática a Palavra de Deus, com um coração bom e sincero.
Maria amou tanto a humanidade que nos entregou o seu Filho Unigênito
Maria amou tanto a humanidade que nos entregou o seu Filho Unigênito, para que todos os que creem Nele tenham a vida eterna. Um amor tão profundo, fiel e eterno, como os raios de sol que se propagam por todo o firmamento e semelhante ao amor de Deus. Ela está sempre perto de nós, vê-nos e nos ama em Deus e por causa dele. Nem a morte pode nos separar na mãe de Jesus porque ela é nossa mãe, e nos acompanha amorosamente perante o tribunal de Deus, para defender-nos e conduzir-nos, ou, auxiliando-nos e consolando- nos.
Esta aliança de amor é o mais profundo ensinamento de Maria. O Papa Francisco nos aconselha a ouvir nossa Mãe maior, a Mãe da Igreja e da Humanidade. “Maria é a mãe que, com paciência e ternura, nos leva a Deus, para que Ele desate os nós da nossa alma”, diz o Pontífice.
O mês de Maria
Todos os meses a Igreja celebra um evento histórico ou aspecto particular do calendário litúrgico, ou ambos. Maio é o mês da Virgem Maria, a mãe de Jesus, cabeça da Igreja e a Igreja é o corpo místico de Cristo, princípio e primogênito de todas as criaturas celestes e terrestres (Ef 1,18).
Foi em 21 de novembro de 1964, durante o Concílio Ecumênico Vaticano II, que o Papa Paulo VI deu solenemente a Maria o título de “Mãe da Igreja”. A participação da mãe de Jesus na história da salvação é uma preciosidade que devemos guardar em nossos corações e nos serve de exemplo. No Ano Santo da Extraordinária Misericórdia, Maria é o modelo da pura misericórdia de Deus.
Maria, mãe e modelo para todos
Maria foi jovem, namorada, noiva, esposa, mãe, viúva, leiga. Por isso, todos podem se espelhar na Mãe de Jesus para viver a sua vocação, sua caminhada de vida e santidade.
Religiosidade Popular
Há certo tempo atrás, especialmente nos tempos de exaltação da Teologia da Libertação, olhava-se a religiosidade popular com certo desdém, acentuando a necessidade de purificação, em vista de atitudes de fé conscientes, transformadoras, desmistificadas.
Fato significativo e inverso foi a V Conferência Episcopal Latino-americana e Caribenha, em maio de 2007, inaugurada pelo Papa Bento XVI. Como um dos motivos da escolha do santuário mariano de Aparecida como local do evento, evidenciou- se a sintonia com a devoção do povo para com a Mãe do Senhor e da Igreja. O então Cardeal Jorge Mário Bergoglio, agora Papa Francisco, era um dos presidentes da Conferência. Quando, em 2013, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, Francisco veio ao Brasil, não deixou de visitar a Mãe Aparecida, manifestando, assim, o seu apreço pela devoção dos brasileiros e de todos os romeiros para com a Virgem encontrada nas águas do Rio Paraíba.
Pobres e ricos, letrados e iletrados, de qualquer etnia, na Casa da Mãe, sentem-se acolhidos
Pobres e ricos, letrados e iletrados, de qualquer etnia, na Casa da Mãe, sentem-se acolhidos, compreendidos, escutados, atendidos em suas angústias, necessidades, dores e adversidades. Todos anos, em torno de 12 milhões de visitantes, de todos os cantos do Brasil e do mundo, vem rezar em Aparecida. Nos outros grandes santuários marianos do mundo, como Guadalupe, Lourdes, Fátima, não é diferente.
Não há dúvida de que a religiosidade popular pode descambar para o pietismo, desvinculado da vida e das realidades terrestres. Por outro lado, a Igreja-hierarquia busca na fé do povo as raízes de uma nova evangelização, contando até mesmo com “o pavio que ainda fumega” (Mt 12,20) em cada um dos seus filhos e filhas.