«Vai e faz tu também o mesmo.» – Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo

Leituras Bíblicas

“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!

Dia 04 de outubro de 2010

 Segunda-feira da 27ª semana do Tempo Comum

A Igreja celebra hoje: São Francisco de Assis (1182-1226) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=4&Mes=10

Carta aos Gálatas 1,6-12:

Estou admirado de que tão depressa vos afasteis daquele que vos chamou pela graça de Cristo, para seguirdes outro Evangelho.
Que outro não há; o que há é certa gente que vos perturba e quer perverter o Evangelho de Cristo.
Mas, até mesmo se nós ou um anjo do céu vos anunciar como Evangelho o contrário daquilo que vos anunciamos, seja anátema.
Como anteriormente dissemos, digo agora mais uma vez: se alguém vos anuncia como Evangelho o contrário daquilo que recebestes, seja anátema.
Estarei eu agora a tentar persuadir homens ou a Deus? Ou será que estou a procurar agradar aos homens? Se ainda pretendesse agradar aos homens, não seria servo de Cristo.
Com efeito, faço-vos saber, irmãos, que o Evangelho por mim anunciado, não o conheci à maneira humana;
pois eu não o recebi nem aprendi de homem algum, mas por uma revelação de Jesus Cristo.

Livro de Salmos 111(110),1-2.7-8.9.10:

Louvarei o Senhor de todo o coração, no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor, dignas de meditação para quem as ama.
As obras das suas mãos são rectas e justas, são imutáveis todos os seus preceitos.
Foram estabelecidos pelos séculos dos séculos e baseiam-se na verdade e na retidão.
Enviou a redenção ao seu povo, firmou com ele uma aliança para sempre; santo e venerável é o seu nome.
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; são prudentes todos os que o praticam. O seu louvor permanece eternamente.

Evangelho segundo S. Lucas 10,25-37:

Levantou-se, então, um doutor da Lei e perguntou-lhe, para o experimentar: «Mestre, que hei de fazer para possuir a vida eterna?»
Disse-lhe Jesus: «Que está escrito na Lei? Como lês?»
O outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.»
Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem; faz isso e viverás.»
Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?»
Tomando a palavra, Jesus respondeu: «Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando o meio morto.
Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo.
Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante.
Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão.
Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: ‘Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.’
Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?»
Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu: «Vai e faz tu também o mesmo.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Comentário sobre o Cântico dos cânticos, prólogo 2, 26-31 (a partir da trad. cf SC 375, pp. 111ss.)

«Vai e faz tu também o mesmo.»

Está escrito : «Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus» (1Jo 4,7); e mais adiante: «Deus é amor» (8). Deste modo se diz, por um lado, que o próprio Deus é amor, e por outro, que aquele que é de Deus é amor. Ora, quem é de Deus senão aquele que diz: «Saí de Deus e vim a este mundo»? (Jo 16,28). Se Deus Pai é amor, também o Filho é amor […] ; o Pai e o Filho são um só e em nada diferem. Eis a razão por que Cristo é chamado, para além de Sabedoria, Poder, Justiça, Verbo e Verdade, também Amor. […]

E, porque Deus é amor e o Filho que é de Deus é amor, exige em nós algo semelhante a Ele, de tal maneira que, por este amor, por esta caridade que está em Cristo Jesus […], sejamos unidos a Ele por uma espécie de parentesco, graças a este nome. Como dizia São Paulo, que estava unido a Ele: «Quem nos separará do amor de Deus, que está em Cristo Jesus Nosso Senhor?» (Rm 8,39).

Ora, este amor de caridade considera que todo o homem é o nosso próximo. Foi por essa razão que o Salvador repreendeu um homem que estava convencido de que a alma justa não estava obrigada a observar para com todos as leis do tratamento ao próximo. […] E compôs a parábola segundo a qual «certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores». Depois censura o sacerdote e o levita que, vendo-o meio morto, passaram adiante, mas presta homenagem ao Samaritano, que teve misericórdia para com ele. E confirma que este último foi o próximo do homem ferido com a resposta daquele mesmo que tinha feito a pergunta, a quem diz: «Vai e faz tu também o mesmo». Com efeito, por natureza, nós somos todos o próximo uns dos outros, mas pelas obras de caridade, aquele que pode fazer bem torna-se próximo daquele que não pode. Foi por isso que o nosso Salvador Se fez nosso próximo, e não passou adiante quando estávamos «meio mortos» em consequência dos ferimentos infligidos pelos «salteadores».

 

 

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