Durante a oração do Ângelus, destaca o testemunho de Chiara Badano
"Só o Amor com "A" maiúsculo dá a verdadeira felicidade!", aqui e na eternidade, como demonstram pessoas como São Vicente de Paulo e Chiara Badano, afirmou hoje Bento XVI, durante a oração do Ângelus em Castel Gandolfo.
"Nosso destino eterno é condicionado pelo nosso comportamento; depende de nós seguir o caminho que Deus tem nos mostrado para chegar à vida, e esse caminho é o amor, não entendido como sentimento, mas sim como serviço aos outros, na caridade de Cristo", explicou, ao comentar a parábola do homem rico e do pobre Lázaro.
O Papa acrescentou que esta parábola nos recorda que, "enquanto estamos neste mundo, devemos escutar o Senhor que nos fala através das Sagradas Escrituras e viver segundo a sua vontade; caso contrário, após a morte, será tarde demais para se arrepender".
Antes de rezar do Ângelus diante de numerosos fiéis reunidos no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo, o Pontífice quis destacar o testemunho da jovem Chiara Badano, beatificada ontem em Roma.
O Papa se referiu a ela como a "uma jovem italiana nascida em 1971, e que uma doença levou à morte em menos de 19 anos, mas que foi para todos um raio de luz, como diz o seu sobrenome: ‘Chiara Luce’, ‘Clara Luz’".
"Sua paróquia, a diocese de Acqui Terme, e o Movimento dos Focolares, ao qual ela pertencia, estão hoje em festa – e é uma festa para todos os jovens, que podem encontrar nela um exemplo de coerência cristã", disse.
Bento XVI destacou a maneira exemplar como esta jovem enfrentou a morte: As suas últimas palavras, de plena adesão à vontade de Deus, foram: ‘Mãe, adeus. Seja feliz, porque eu sou feliz’".
E acrescentou: "Demos graças a Deus, porque seu amor é mais forte do que o mal e a morte; e agradeçamos a Nossa Senhora, que conduz os jovens também através das dificuldades e sofrimentos, a se apaixonarem por Jesus e a descobrirem a beleza da vida".
Por outro lado, Bento XVI destacou o testemunho de São Vicente de Paulo, cuja memória litúrgica será celebrada amanhã.
"Na França de 1600, ele tocou com suas próprias mãos o forte contraste entre os mais ricos e os mais pobres", disse.
Ele "soube organizar formas estáveis de serviço às pessoas marginalizadas, dando origem às chamadas ‘Charitées’, a ‘Caridade’, isto é, grupos de mulheres que colocavam seu tempo e os seus bens à disposição dos mais marginalizados", continuou.
E acrescentou: "Dentre essas voluntárias, algumas optaram por consagrar-se totalmente a Deus e aos pobres. Foi assim que, com Santa Luísa de Marillac, São Vicente fundou as ‘Filhas da Caridade’, primeira congregação feminina a viver a consagração ‘no mundo’, no meio das pessoas, com os doentes e os necessitados".