Leituras Bíblicas
"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna" (Jo 6,68)
Dia 15 de setembro de 2010
Quarta-feira da 24ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra: Nossa Senhora das Dores – Memória Obrigatória – Leia sobre o significado desta comemoração litúrgica clicando: http://www.cancaonova.com/portal/canais/santodia/index.php?mes=9&dia=15
Carta aos Hebreus 5,7-9:
Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte, com grande clamor e lágrimas, e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obediência por aquilo que sofreu
e, tornado perfeito, tornou-se para todos os que lhe obedecem fonte de salvação eterna.
Livro de Salmos 31(30),2-3.4.5-6.15-16.20:
Em ti, SENHOR, me refugio; que eu nunca seja confundido. Salva-me pela tua justiça.
Inclina para mim os teus ouvidos; apressa-te a libertar-me. Sê para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia-me e conduz-me.
Livra-me da cilada que me armaram, porque Tu és o meu refúgio.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito; SENHOR, Deus fiel, salva-me.
Mas eu confio em ti, Senhor; e digo: "Tu és o meu Deus.
O meu destino está nas tuas mãos; livra-me dos meus inimigos e perseguidores.
Como é grande, Senhor, a bondade que reservas para os que te são fiéis! Tu a concedes, à vista de todos, àqueles que em ti confiam.
Evangelho segundo S. João 19,25-27:
Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!»
Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a em sua casa.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato Guerric d’Igny (c. 1080 – 1157), abade cisterciense
1.º Sermão para a Assunção; PL 185A,187 (a partir da. trad. Orval)
«Eis a tua mãe!»
Maria concebeu um filho: e, assim como este é o Filho unigênito do Pai no céu, é também o filho unigênito da Sua mãe na Terra […]. No entanto, esta única virgem mãe, que teve a glória de dar ao mundo o Filho unigênito de Deus, beija a seu próprio Filho em todos os membros do Seu Corpo e não enrubesce quando lhe chamam a Mãe de todos aqueles em quem ela reconhece Cristo, já formado ou em vias de o estar. Eva, que outrora tinha legado aos filhos a condenação à morte, antes mesmo de estes terem visto a luz do dia, foi chamada a «mãe de todos os viventes» (Gn 3,20) […]. Mas, como não respondeu ao desígnio do seu nome, foi Maria quem realizou o mistério não cumprido. Tal como a Igreja, de que é símbolo, Ela é a mãe de todos os que renasceram para a vida. Ela é, na verdade, a Mãe da Vida que faz viver todos os homens; e ao concebê-lA, a essa Vida, regenerou, de alguma forma, todos os que iam viver d’Ela […].
Esta bem-aventurada Mãe de Cristo, reconhecida como Mãe dos cristãos em virtude deste mistério, é também sua Mãe pelo cuidado que tem para com todos eles e pelo afeto que lhes testemunha. Não os trata com dureza, a todos trata como se seus filhos fossem. As suas entranhas, uma única vez fecundadas, não se esgotaram, dando constantemente à luz o fruto da bondade. «Bendito é o fruto do teu ventre» (Lc 1,42), ó doce Mãe, que te inundou de uma bondade inesgotável: nascido de ti uma única vez, Ele permanece em ti, sempre.