Palavra: Rm 6, 4-11:
4. “Pelo batismo fomos sepultados com ele na morte, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos por meio da glória do Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova.
5. Se permanecermos completamente unidos à Cristo, com morte semelhante à Dele, também permaneceremos com ressurreição semelhante à Dele.
6. Sabemos muito bem que o nosso homem velho foi crucificado com o Cristo, para que o corpo de pecado fosse destruído e assim não sejamos mais escravos do pecado.
7. De fato, quem está morto, está livre do pecado.
8. Mas, se já estamos mortos com Cristo, acreditamos que também viveremos com Ele,
9. pois sabemos que Cristo, ressuscitado dos mortos, não morre mais; a morte já não tem poder sobre Ele.
10. Porque morrendo, Cristo morreu de uma vez por todas para o pecado; vivendo, Ele vive para Deus.
11. Assim também vocês considerem-se mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo”.
Jesus foi morto por um sistema social injusto, pecaminoso e mortal. Este sistema está se repetindo na vida de milhões de pessoas doentes e dependentes, e também familiares que vivem na realidade de morte. Terminamos nos tornando frutos de uma organização social injusta que distorce os valores cristãos e deturpa o sentido da vida, prestigiando as satisfações adquiridas pelo consumo, pelas grandes marcas, pelo poder e pelos excessos. Mas Deus pra nos encorajar envia Seu Filho, e como humano mostra-nos que é possível fazer a opção certa, ensinando que urgente é amar e compreender o real significado desse amor. Pela fé e pelo batismo, o cristão participa da morte e ressureição de Jesus, porque Deus O ressuscitou para todo o sempre. Por isso esta esperança se renova no nosso dia-a-dia com abundância de graças e bênçãos, desde que nosso coração esteja aberto a acolher.
O cristão que abraça a sua cruz, que está convicto do seu papel como irmão e filho do Pai, passa por uma transformação radical, começando pelos questionamentos que faz a si mesmo. O cristão que se entrega à conversão também passa por turbulências, mas se resigna porque tem consciência e deseja as suas escolhas. Rompe com o sistema pecaminoso gerador de injustiça e morte, renasce dos vícios e pecados para a sobriedade. Ressuscita na Palavra para uma nova maneira de viver, experimenta na sobriedade “um novo batismo”, a fim de contribuir para a construção do homem novo e a consolidação de uma sociedade que promova a vida e a justiça. E mesmo que perceba que não é mais que uma gota no oceano, acredita que faz a diferença na humanidade.
Assim todo aquele que busca ter o pensamento, as ações e o corpo sóbrios, deve morrer para a sua vida passada, de “homem velho” e se modificar, vivendo o sentido do batismo em uma vida nova, a cada dia, tomando como referência a vida autêntica de Jesus. Fica claro que ser batizado não é viver apenas um ritual de recém-nascidos. O que começou com uma simbologia deve compor um significado concreto, de caminhada para a luz de Cristo. Na condição de “homem novo” o nosso papel é ainda maior, pois estamos inteiramente comprometidos com Cristo, participando de Sua missão como evangelizador. O Programa de Vida Nova nos dá essa dimensão de que podemos morrer para o pecado e viver em sobriedade. Esta nova opção nos torna dignos, fiéis e particularmente especiais aos olhos de Deus, pois estamos trabalhando para o Seu Reino. E ainda que haja a fraqueza, ainda que caiamos sobre nossos próprios espinhos, Ele estará ao nosso lado para nos alentar e ajudar a recomeçar.
Ouça também o Programa de Rádio “Sobriedade em Cristo” que vai ao ar pela Rádio Arca da Aliança – AM 1260 (todas as segundas-feiras, as 12:30h)
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Malena Andrade e Silva – Psicóloga assessora da Pastoral da sobriedade na Diocese de Blumenau