XXVI Domingo do Tempo Comum Jesus se humilhou a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, tudo isso para nos salvar. Essa foi a grande missão do Senhor, nos reconciliar com o Pai e entre nós mesmos e com toda a Criação.

Padre César Agusuto, SJ – Vatican News

Se cumpro os mandamentos, se pratico o bem e evito o mal, porque sofro?

Quem está certo? Deus ou o homem? EZEQUIEL 18, 25-28, a primeira leitura proposta pela liturgia de hoje, nos esclarece essa questão.

Lendo o versículo 26 – “Com efeito, ao renunciar o justo à sua justiça e ao fazer o mal, é em virtude do mal que praticou que ele morre. E se o ímpio renunciar à sua impiedade, passando a praticar o direito e a justiça, salva a própria vida” – entendo que somos responsáveis por nossas opções, conforme lemos em Deuteronômio 30,15-20.

Se minha vida for um constante SIM a Deus, certamente a consolação, a felicidade farão parte de meu modo de ser e, mesmo que eu pratique algum erro, o incômodo desse mal me perturbará e a volta à pratica do bem será conatural; o bem faz parte de meu modo de ser, de existir. Mesmo que, circunstancialmente, eu tenha optado pelo mal, ao sofrer as consequências dessa opção e até bem antes, o mal estar ocasionado por ela, tudo me levará ao retorno ao bem, à minha casa e aí experienciarei, mais uma vez, ter sido criado à imagem e semelhança de Deus, o Bem Absoluto. Só em Deus descansarei minha alma, minha psique, todo meu ser!

“Tende e vós o mesmo sentimento, que existe em Cristo Jesus”, nos sugere Paulo na segunda leitura, tirada de Filipenses 2,1-11.

Jesus se humilhou a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, tudo isso para nos salvar. Essa foi a grande missão do Senhor, nos reconciliar com o Pai e entre nós mesmos e com toda a Criação. Portanto, se somos cristãos, se aceitamos o batismo no sangue do Senhor, deveremos, como ele, procurar servir a Deus e ao irmão. Do mesmo modo que Jesus se despojou de seu manto para lavar os pés de seus discípulos e se envolveu com uma toalha, deveremos nos despir de nossos sentimentos de superioridade e nos vestirmos com o espírito de serviço.

Olhemos para a Virgem Maria que, ao saber-se Mãe de Deus, subiu a montanha para servir sua prima, a mãe do precursor de seu filho. No Cristianismo, aquele que objetivamente é mais, deverá servir, de coração, o irmão que socialmente ocupa um nível inferior ao seu. Mais, se somos batizados, somos irmãos e deveremos colaborar para o bem comum, mesmo que o líder seja de outro partido ou grupo ideológico; o que deve imperar em minha mente e coração é ser o outro batizado e a finalidade da ação do rival é o bem comum. Se sou de Cristo, devo colaborar para o bem de todos, não importando quem vai levar a glória. Mas sabendo que tudo colabora para o bem dos filhos de Deus e que Jesus Cristo é o Senhor!

Finalmente o Evangelho, extraído de Mateus 21,28–32 nos apresenta a parábola em que Jesus, se dirigindo aos “sábios e perfeitos” de Israel, sentado no centro religioso, político, econômico e ideológico – Jerusalém – inicia dizendo que “Um homem tinha dois filhos e conclui sua fala ao dizer que “os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus”.

A parábola nos leva a identificar o filho mais velho com os pecadores, que disseram não à Lei do Amor, colocada pelo Pai no coração e na mente de todos os homens, por Ele criados. Aí se incluem os cobradores de impostos, as prostitutas, os pobres por serem analfabetos e, exatamente por isso, não poderem estudar a Lei, enfim, todos os marginalizados. Mas, ao acolherem o socorro de Deus, ouvindo Jesus de Nazaré, dizem sim como disseram Zaqueu, Madalena, o cego Bartimeu e tantos e tantos outros. Eles não apenas mudaram de vida, deixando de serem do grupo do “não”, mas se tornaram discípulos e apóstolos.

No grupo segundo, o do filho mais novo, que diz sim, mas não vai, temos a elite: os fariseus e seus grupos equivalentes, os escribas e os doutores da Lei, os anciãos, o Sinédrio e todos aqueles que se sentiam perfeitos e membros da “meritocracia”.

Concluindo, fazendo nossa opção pela Lei de Deus, seguindo o exemplo de Jesus ao se humilhar para nos servir e ingressando no grupo do filho mais velho, já convertido, nos perfilaremos junto a todos aqueles que dizem sim ao projeto do Pai, sejam conscientes da vontade do Altíssimo, ou apenas seguindo a voz do coração e da inteligência; sigamos a voz interior que nos impulsiona a lutarmos pela justiça do Reino, onde os seres criados vivem a fraternidade querida pelo Pai.

Suas opções de privacidade

Neste painel, você pode expressar algumas preferências relacionadas ao processamento de suas informações pessoais.

Você pode revisar e alterar as escolhas feitas a qualquer momento, basta voltar a neste painel através do link fornecido.

Para negar seu consentimento para as atividades específicas de processamento descritas abaixo, mude os comandos para desativar ou use o botão “Rejeitar todos” e confirme que você deseja salvar suas escolhas.

Suas preferências de consentimento para tecnologias de rastreamento

As opções fornecidas nesta seção permitem que você personalize suas preferências de consentimento para qualquer tecnologia de rastreamento utilizada para as finalidades descritas abaixo. Lembre-se de que negar consentimento para uma determinada finalidade pode tornar as funcionalidades relacionadas indisponíveis.

Necessários / Técnicos
Estes rastreadores são usados para atividades que são estritamente necessárias para operar ou prestar o serviço que você solicitou e, assim, não precisam de sua permissão.

Funcionalidade
Estes rastreadores permitem interações e funcionalidades básicas que permitem que você acesse recursos selecionados de nossos serviços e facilite sua comunicação conosco.

Experiência
Estes rastreadores nos ajudam a melhorar a qualidade de sua experiência de usuário e permitem interações com conteúdo externo, redes e plataformas.

Medição
Estes rastreadores nos ajudam a mensurar o tráfego e analisar seu comportamento, a fim de melhorar nosso serviço.