Leituras Bíblicas
“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente” (Jo 6,51)!
Dia 11 de janeiro de 2011
Terça-feira da 1ª semana do Tempo Comum – Ano A
Carta aos Hebreus 2,5-12:
Deus não submeteu aos anjos o mundo futuro de que falamos.
Mas alguém, em certo lugar, atesta, dizendo: Que é o homem, para que te recordes dele, ou o filho do homem para que cuides dele?
Fizeste-o por um pouco inferior aos anjos, coroaste-o de honra e de glória,
submeteste tudo aos seus pés. Ora, ao submeter-lhe tudo, nada deixou que não lhe estivesse sujeito. Contudo, ainda não vemos que tudo lhe esteja sujeito.
Vemos, porém, Jesus, que foi feito por um pouco inferior aos anjos, coroado de glória e de honra, por causa da morte que sofreu, a fim de que, pela graça de Deus, experimentasse a morte em favor de todos.
Convinha, com efeito, que aquele por quem e para quem existem todas as coisas, querendo levar muitos filhos à glória, levasse à perfeição, por meio dos sofrimentos, o autor da sua salvação.
De fato, tanto o que santifica, como os que são santificados, provêm todos de um só; razão pela qual não se envergonha de lhes chamar irmãos,
dizendo: Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, no meio da assembleia te louvarei;
Livro de Salmos 8,2.5.6-7.8-9:
Ó Senhor, nosso Deus, como é admirável o teu nome em toda a terra! Adorarei a tua majestade, mais alta que os céus.
O que é o homem para te lembrares dele, o filho do homem para com ele te preocupares?
Quase fizeste dele um ser divino; de glória e de honra o coroaste.
Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos, tudo submeteste a seus pés:
rebanhos e gado, sem exceção, e até mesmo os animais bravios;
as aves do céu e os peixes do mar, tudo o que percorre os caminhos do oceano.
Evangelho segundo S. Marcos 1,21-28:
Entraram em Cafarnaúm. Chegado o sábado, veio à sinagoga e começou a ensinar.
E maravilhavam-se com o seu ensinamento, pois os ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei.
Na sinagoga deles encontrava-se um homem com um espírito maligno, que começou a gritar:
«Que tens a ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus.»
Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem.»
Então, o espírito maligno, depois de o sacudir com força, saiu dele dando um grande grito.
Tão assombrados ficaram que perguntavam uns aos outros: «Que é isto? Eis um novo ensinamento, e feito com tal autoridade que até manda aos espíritos malignos e eles obedecem-lhe!»
E a sua fama logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Catecismo da Igreja Católica, §§ 2851-2854
«Vieste para nos arruinar?»
«Mas livrai-nos do mal». Nesta petição, o Mal não é uma abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus. O «Diabo» («dia-bolos») é aquele que «se atravessa» no desígnio de Deus e na sua «obra de salvação» realizada em Cristo. «Assassino desde o princípio, […] mentiroso e pai da mentira» (Jo 8,44), «Satanás, que seduz o universo inteiro» (Ap 12,9), foi por ele que o pecado e a morte entraram no mundo, e é pela sua derrota definitiva que toda a criação será «liberta do pecado e da morte» (Missal Romano). «Sabemos que ninguém que nasceu de Deus peca, porque o preserva Aquele que foi gerado por Deus, e o Maligno, assim, não o atinge. Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro está sujeito ao Maligno» (1Jo 5,18-19). […]
A vitória sobre o «príncipe deste mundo» (Jo 14,30) foi alcançada, duma vez para sempre, na «Hora» em que Jesus livremente Se entregou à morte para nos dar a sua vida. Foi o julgamento deste mundo, e o príncipe deste mundo foi «lançado fora» (Jo 12,31). «Pôs-se a perseguir a Mulher» (Ap 12,13-16), mas não logrou alcançá-la: a nova Eva, «cheia da graça» do Espírito Santo, foi preservada do pecado e da corrupção da morte […]. Então, «furioso contra a Mulher, foi fazer guerra contra o resto da sua descendência» (Ap 12,17). Eis porque o Espírito e a Igreja rogam: «Vem, Senhor Jesus!» (Ap 22,17.20), já que a Sua vinda nos libertará do Maligno.
Ao pedirmos para sermos libertados do Maligno, pedimos igualmente para sermos livres de todos os males, presentes, passados e futuros, dos quais ele é autor ou instigador. Nesta última petição, a Igreja leva à presença do Pai toda a desolação do mundo. Com a libertação dos males que pesam sobre a humanidade, a Igreja implora o dom precioso da paz e a graça da espera perseverante do regresso de Cristo. Orando assim, antecipa na humildade da fé a recapitulação de todos e de tudo n’Aquele que «tem as chaves da morte e da morada dos mortos» (Ap 1,18), «Aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso» (Ap 1,8).