Dia 12 de dezembro de 2016 – Segunda-feira da 3a semana do Advento
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 21,23-27:
Naquele tempo, Jesus foi ao templo e, enquanto ensinava, aproximaram-se dEle os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, que Lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes tudo isto? Quem Te deu tal direito?»
Jesus respondeu-lhes: «Vou fazer-vos também uma pergunta e, se Me responderdes a ela, vou dizer-vos com que autoridade faço isto.
Donde era o batismo de João? Do Céu ou dos homens?» Mas eles começaram a deliberar, dizendo entre si: «Se respondermos que é do Céu, vai dizer-nos: ‘Porque não lhe destes crédito?’
E se respondermos que é dos homens, ficamos com receio da multidão, pois todos consideram João como profeta».
E responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele por sua vez disse-lhes: «Então não vos digo com que autoridade faço isto».
Comentário do dia
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 288
«Veio Jesus ter com João para ser batizado por ele […]. João opunha-se, dizendo: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por Ti!”» (Mt 3,13-14)
«Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram» (Mt 13,17). Estas santas personagens, com efeito, cheias do Espírito de Deus para anunciar a vinda de Cristo, desejavam com ardor gozar da sua presença na Terra, se tal fosse possível. Foi aliás por essa razão que Deus adiou a partida de Simeão deste mundo: queria que ele contemplasse, na pessoa de uma criança recém-nascida, Aquele por quem o mundo foi criado (Lc 2,25 ss.). […] Simeão viu-O com feições de menino; João, ao contrário, viu-O quando Ele já ensinava e escolhia os seus discípulos. Onde? Nas margens do rio Jordão. […]
É aí, nesse batismo de preparação que Lhe abria caminho, que encontramos um símbolo e uma aproximação do batismo de Jesus Cristo: «Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas» (Mt 3,3). O próprio Jesus quis ser batizado pelo seu servo para fazer compreender a graça que recebem aqueles que recebem o batismo em nome do Senhor. Foi aí que começou o seu reino, como que a cumprir a profecia: «Dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra» (Sl 72,8). Nas margens do rio onde o domínio de Cristo começa, viu João o Salvador: viu-O, reconheceu-O e prestou-Lhe testemunho. João humilhou-se perante a grandeza divina, a fim de merecer que a sua humildade fosse ressaltada por essa grandeza. Ele declara-se o amigo do esposo (Jo 3,29). Que amigo é este? Será aquele que caminha em pé de igualdade? Longe disso! Então, qual é a distância que mantém? Diz ele: «Não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias» (Mc 1,7).
Neste mês de Dezembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: O fim dos meninos-soldados
Para que seja eliminada em todo o mundo a praga dos meninos-soldados.
Pela Evangelização: Redescobrir o Evangelho na Europa
Para que os povos europeus redescubram a beleza, a bondade e a verdade do Evangelho, que dá alegria e esperança à vida.