Dia 15 abril de 2018 – 3º Domingo da Páscoa
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. Lucas 24,35-48:
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão.
Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito.
Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações?
Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.
E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?».
Deram-Lhe uma posta de peixe assado,
que Ele tomou e começou a comer diante deles.
Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’».
Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia,
e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.
Vós sois testemunhas disso.
Comentário do dia
São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de João, 12; PG 74, 704
«Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo»
Ao entrar no Cenáculo com as portas trancadas, Cristo mostrou, uma vez mais, que é Deus por natureza, embora não seja diferente daquele que anteriormente vivia com os seus discípulos. Ao descobrir-lhes o lado, mostrando-lhes as marcas dos cravos, mostrou-lhes claramente que tinha reconstruído o templo do seu corpo, que fora suspenso da cruz (cf Jo 2,19), destruindo a morte física, uma vez que Ele é, por natureza, a vida e é Deus. […]
Mesmo que Cristo tivesse querido tornar visível aos discípulos a glória do seu corpo antes de subir para o Pai, os nossos olhos não teriam tido capacidade de suportar tal visão. Percebemos que assim é recordando a transfiguração que teve lugar no alto da montanha (Mt 17,1s). […] Foi por isso que, observando com precisão os planos divinos, Nosso Senhor Jesus apareceu no Cenáculo ainda com a forma que tivera no passado, e não segundo a glória que é devida e que convém ao seu templo transfigurado. Ele não queria que a fé na ressurreição dissesse respeito a um aspecto e a um corpo diferentes daqueles que tinha recebido da Santíssima Virgem e nos quais morreu, depois de ter sido crucificado, segundo as Escrituras. […]
O Senhor saúda os seus discípulos dizendo-lhes: «A paz esteja convosco». Deste modo, declara que Ele próprio é a paz, porque quantos usufruem da sua presença usufruem também de um espírito perfeitamente pacificado. Era precisamente isso que S. Paulo desejava aos discípulos quando lhes dizia: «A paz de Deus, que ultrapassa toda a inteligência, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus» (Fl 4,7). Para S. Paulo, a paz de Cristo, que ultrapassa tudo quanto pode ser concebido, não é senão o seu Espírito (cf Jo 20,21-22); aquele que participa no seu espírito será cumulado de todos os bens.
Neste mês de abril, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção
Universal: Responsáveis da economia
Para que os responsáveis pelo planejamento e pela gestão da economia tenham a coragem de rejeitar uma economia da exclusão e saibam abrir novos caminhos.