Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 08 de setembro de 2010
Natividade da Virgem Maria – Festa
A Igreja celebra hoje também: São Tomás de Vilanova (1486-1555) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=8&Mes=9
Livro de Miqueias 5,1-4:
Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre as famílias de Judá, é de ti que me há de sair aquele que governará em Israel. As suas origens remontam aos tempos antigos, aos dias de um passado longínquo.
Por isso, Deus abandonará o seu povo até ao tempo em que der à luz aquela que há de dar à luz, e em que o resto dos seus irmãos há de voltar para junto dos filhos de Israel.
Ele permanecerá firme e apascentará o seu rebanho com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor, seu Deus. Estarão tranquilos, porque ele será grande até aos confins da terra.
Ele próprio será a paz. Se a Assíria vier ao nosso país e calcar aos pés os nossos palácios, opor-lhe-emos sete pastores e oito governadores de homens.
Livro de Salmos 13,6:
Eu, porém, confiei na tua misericórdia; o meu coração alegra-se com a tua salvação. Cantarei ao Senhor pelo bem que Ele me fez.
Evangelho segundo S. Mateus 1,1-16.18-23:
Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos;
Judá gerou, de Tamar, Peres e Zera; Peres gerou Hesron; Hesron gerou Rame;
Rame gerou Aminadab; Aminadab gerou Nachon; Nachon gerou Salmon;
Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
Jessé gerou o rei Davi. Davi, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa;
Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Uzias;
Uzias gerou Jotam; Jotam gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos, na época da deportação para Babilónia.
Depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;
Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azur;
Azur gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud;
Eliud gerou Eleázar; Eleázar gerou Matan; Matan gerou Jacó.
Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo.
José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente.
Pensando ele nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta:
Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, Doutor da Igreja
Homilia sobre a Natividade da Virgem Maria (a partir da trad. cf SC 80, p. 48)
Uma mãe digna d’Aquele que a criou
Vinde, todas as nações; vinde, homens de todas as raças, de todas as línguas, de todas as idades, de todas as dignidades. Com alegria, festejemos a natividade da alegria do mundo inteiro! Se até os pagãos honram o aniversário do seu rei […], que não deveríamos nós fazer para honrar o da Mãe de Deus, por quem toda a humanidade foi transformada, por quem a dor de Eva, nossa primeira mãe, foi transformada em alegria! Com efeito, Eva ouviu a sentença de Deus: «Darás à luz na dor» (Gn 3,16); e Maria: «Regozija-te, ó cheia de graça […], o Senhor está contigo» (Lc 1,28). […]
Que toda a criação esteja em festa e cante o santo parto de uma santa mulher, pois ela trouxe ao mundo um tesouro indestrutível. […] Por ela, o Verbo criador de Deus uniu-Se a toda a criação, e nós festejamos o fim da esterilidade humana, o fim da enfermidade que nos impedia de possuir o bem. […] A natureza deu lugar à graça. […] Como a Virgem Mãe de Deus devia nascer de Ana, a estéril, a natureza permaneceu sem fruto até que a graça deu à luz o seu fruto. Era preciso que fosse aquela que ia dar à luz «o Primogénito de todas as criaturas», em que «tudo subsiste» (Col 1,15.17), a abrir o seio de sua mãe.
Joaquim e Ana, casal bem-aventurado! Toda a criação está em dívida para convosco; por vós, ela ofereceu ao Criador o melhor dos seus dons: uma Mãe digna de veneração, a única Mãe digna d’Aquele que a criou.