Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”(Jo 6,68)!
Dia 21 de janeiro de 2010
Quinta feira da 2ª semana do Tempo Comum
Hoje a Igreja celebra: Santa Inês (Ano 304) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=21&Mes=1
Livro de 1º Samuel (18,6-9.19,1-7):
Ao regressar o exército, depois de Davi ter morto o filisteu, de todas as cidades de Israel as mulheres saíram ao encontro de Saul, cantando e dançando alegremente, ao som de tambores e címbalos.
E, à medida que dançavam, cantavam em coro: «Saul matou mil, mas Davi matou dez mil.»
Saul irritou-se em extremo e ficou sumamente desgostoso por isso. E disse: «Dão dez mil a Davi e a mim apenas mil! Só lhe falta a coroa!»
A partir daquele dia, não voltou a olhar para Davi com bons olhos.
Saul falou ao seu filho Jonatas e a todos os seus servos da sua intenção de matar Davi. Mas Jonatas, filho de Saul, amava cordialmente Davi e preveniu-o, dizendo: «Saul, meu pai, quer matar-te. Procura fugir amanhã de manhã; foge para um lugar oculto e esconde-te.
Sairei em companhia de meu pai, até ao lugar onde tu te encontrares; falarei com ele a teu respeito, para ver o que ele pensa, e depois avisar-te-ei.»
Jonatas falou bem de Davi a seu pai e acrescentou: «Não faças mal algum ao teu servo Davi, pois ele nunca te fez mal; pelo contrário, prestou-te grandes serviços.
Arriscou a vida, matando o filisteu, e o Senhor deu, assim, uma grande vitória a Israel. Foste testemunha e alegraste-te. Porque queres pecar contra o sangue inocente, matando Davi sem motivo?»
Saul ouviu as palavras de Jonatas e fez este juramento: «Pela vida do Senhor, Davi não morrerá!»
Então, Jonatas chamou Davi, contou-lhe tudo isto e apresentou-o novamente a Saul. Davi voltou a estar ao seu serviço como antes.
Livro de Salmos [56(55),2-3.9-13]
Tem compaixão de mim, ó Deus, pois há quem me queira destruir, oprimindo-me e fazendo-me guerra todo o dia.
Os meus adversários perseguem-me continuamente; são numerosos, ó Altíssimo, os que lutam contra mim!
Tu contaste os passos do meu peregrinar, recolheste e guardaste as minhas lágrimas. Não está tudo isso anotado no teu livro?
No dia em que eu te invocar, os meus inimigos hão de retroceder; então ficarei sabendo que Deus está por mim.
Celebro a palavra de Deus, celebro a palavra do SENHOR.
Em Deus confio, nada temo: que mal me poderão fazer os homens?
Mantenho as promessas que te fiz, ó Deus, quero cumpri-las com sacrifícios em teu louvor,
Evangelho segundo S. Marcos (3,7-12)
Jesus retirou-se para o mar com os discípulos. Seguiu-o uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão e das cercanias de Tiro e de Sídon, uma grande multidão veio ter com Ele, ao ouvir dizer o que Ele fazia.
E disse aos discípulos que lhe aprontassem um barco, a fim de não ser molestado pela multidão, pois tinha curado muita gente e, por isso, os que sofriam de enfermidades caíam sobre Ele para lhe tocarem.
Os espíritos malignos, ao vê-lo, prostravam-se diante dele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus!»
Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ireneu de Lyon (c. 130 – c. 208), bispo, teólogo e mártir
Demonstração da pregação apostólica, 92-95 (a partir da trad. Bouchut. Lectionnaire, p. 297 rev. ; cf SC 62, p. 159)
Uma grande multidão veio ter com Ele, ao ouvir dizer o que Ele fazia
O próprio Verbo, a Palavra de Deus, diz pela boca do Profeta Isaías que Ele tinha de se manifestar no meio de nós – com efeito, o Filho de Deus fez-se filho de homem – e de se deixar conhecer por nós, que anteriormente o não conhecíamos: «Eu estava à disposição dos que me consultavam, saía ao encontro dos que não me buscavam. Dizia: "Eis-me aqui, eis-me aqui" a um povo que não invocava o meu nome» (Is 65,1). […] É também este o sentido daquelas palavras de João Batista: «Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão» (Mt 3,9). Com efeito, depois de terem sido arrancados pela fé ao culto das pedras, os nossos corações vêem Deus e tornam-se filhos de Abraão, que foi justificado pela fé. […]
O Verbo de Deus encarnou e habitou entre nós, como afirma São João (Jo 1,14), seu discípulo. Graças a Ele, o coração dos pagãos foi mudado por esta nova vocação, e a Igreja dá muitos frutos naqueles que se salvam; e já não é um intercessor como Moisés, nem um mensageiro como Elias, mas o próprio Senhor que nos salva, dando à Igreja mais filhos do que os anciãos davam à sinagoga, como havia previsto Isaías ao dizer: «Regozija-te, estéril, que não tinhas filhos» (Is 54,1; Gl 4,27). […] Deus encontra a sua felicidade na concessão da sua herança às nações insensatas, àquelas que não pertencem à cidade de Deus. Agora pois que, graças a este apelo, a vida nos foi dada, e que em nós Deus levou à plenitude a fé de Abraão, não podemos voltar para trás, ou seja, não podemos regressar à primeira legislação, porque recebemos o Senhor da Lei, o Filho de Deus, e pela fé nele aprendemos a amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos.
Santa Elisabete da Trindade:
"Nós trazemos em nós o nosso céu porque Jesus, que sacia os glorificados na luz da visão, se dá a nós na fé e no miestério: é o mesmo! Tenho a impressão de ter encontrado o meu céu sobre a terra, pois o céu é Deus e Deus está na minha alma".