«Um homem tinha dois filhos» – São João Paulo II (1920-2005) papa Exortação apostólica «Reconciliação e penitência», §§ 5-6 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

Sábado da 2ª Semana da Quaresma – 23 de Março de 2019 – Cor: Roxo

 

Evangelho – Lc 15,1-3.11-32
Este teu irmão estava morto e tornou a viver.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 15,1-3.11-32:
Naquele tempo:
1 Os publicanos e pecadores
aproximavam-se de Jesus para o escutar.
2 Os fariseus, porém, e os
mestres da Lei criticavam Jesus.
‘Este homem acolhe os pecadores
e faz refeição com eles.’
3 Então Jesus contou-lhes esta parábola:
11 ‘Um homem tinha dois filhos.
12 O filho mais novo disse ao pai:
‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’.
E o pai dividiu os bens entre eles.
13 Poucos dias depois, o filho mais novo
juntou o que era seu
e partiu para um lugar distante.
E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada.
14 Quando tinha gasto tudo o que possuía,
houve uma grande fome naquela região,
e ele começou a passar necessidade.
15 Então foi pedir trabalho a um homem do lugar,
que o mandou para seu campo cuidar dos porcos.
16 O rapaz queria matar a fome
com a comida que os porcos comiam,
mas nem isto lhe davam.
17 Então caiu em si e disse:
‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura,
e eu aqui, morrendo de fome.
18 Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe:
`Pai, pequei contra Deus e contra ti;
19 já não mereço ser chamado teu filho.
Trata-me como a um dos teus empregados’.
20 Então ele partiu e voltou para seu pai.
Quando ainda estava longe, seu pai o avistou
e sentiu compaixão.
Correu-lhe ao encontro, abraçou-o,
e cobriu-o de beijos.
21 O filho, então, lhe disse:
‘Pai, pequei contra Deus e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho’.
22 Mas o pai disse aos empregados:
`Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho.
E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés.
23 Trazei um novilho gordo e matai-o.
Vamos fazer um banquete.
24 Porque este meu filho estava morto e tornou a viver;
estava perdido e foi encontrado’.
E começaram a festa.
25 O filho mais velho estava no campo.
Ao voltar, já perto de casa,
ouviu música e barulho de dança.
26 Então chamou um dos criados
e perguntou o que estava acontecendo.
27 O criado respondeu:
`É teu irmão que voltou.
Teu pai matou o novilho gordo,
porque o recuperou com saúde’.
28 Mas ele ficou com raiva e não queria entrar.
O pai, saindo, insistia com ele.
29 Ele, porém, respondeu ao pai:
`Eu trabalho para ti há tantos anos,
jamais desobedeci a qualquer ordem tua.
E tu nunca me deste um cabrito
para eu festejar com meus amigos.
30 Quando chegou esse teu filho,
que esbanjou teus bens com prostitutas,
matas para ele o novilho cevado’.
31 Então o pai lhe disse:
`Filho, tu estás sempre comigo,
e tudo o que é meu é teu.
32 Mas era preciso festejar e alegrar-nos,
porque este teu irmão estava morto e tornou a viver;
estava perdido, e foi encontrado’.’
Palavra da Salvação.

 

Comentário do dia 
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Exortação apostólica «Reconciliação e penitência», §§ 5-6 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)

«Um homem tinha dois filhos»

 

O homem — cada um dos homens — é este filho pródigo: fascinado pela tentação de se separar do Pai para viver de modo independente a própria existência; caído na tentação; desiludido do nada que, como miragem, o tinha deslumbrado; sozinho, desonrado e explorado no momento em que tenta construir um mundo só para si; atormentado, mesmo no mais profundo da própria miséria, pelo desejo de voltar à comunhão com o Pai.

Como o pai da parábola, Deus fica à espreita do regresso do filho, abraça-o à sua chegada e põe a mesa para o banquete do novo encontro, com que se festeja a reconciliação. Mas a parábola faz entrar em cena também o irmão mais velho, que se recusa a ocupar o seu lugar no banquete. Reprova ao irmão mais novo os seus extravios e ao pai o acolhimento que lhe dispensou, enquanto a ele, morigerado e trabalhador, fiel ao pai e à casa, nunca foi permitido — diz ele — fazer uma festa com os amigos. Sinal de que não compreende a bondade do pai.

Enquanto este irmão, demasiado seguro de si mesmo e dos próprios méritos, ciumento e desdenhoso, cheio de azedume e de raiva, não se converteu e se reconciliou com o pai e com o irmão, o banquete ainda não era, no sentido pleno, a festa do encontro e do convívio recuperado. O homem — cada um dos homens — é também este irmão mais velho. O egoísmo torna-o ciumento, endurece-lhe o coração, cega-o e leva-o a fechar-se aos outros e a Deus. […]

A parábola do filho pródigo é, antes de mais, a história inefável do grande amor de um Pai. […] E ao evocar, na figura do irmão mais velho, o egoísmo que divide os irmãos entre si, ela torna-se também a história da família humana. […] Ela retrata a situação da família humana dividida pelos egoísmos, põe em evidência a dificuldade em secundar o desejo e a nostalgia de uma só família reconciliada e unida; apela para a necessidade de uma profunda transformação dos corações, pela redescoberta da misericórdia do Pai e pela vitória sobre a incompreensão e a hostilidade entre irmãos.

Intenção do Apostolado da Oração
Reconhecimento dos direitos das comunidades cristãs
Pelas comunidades cristãs, em particular as que são perseguidas, para que sintam a proximidade de Cristo e para que os seus direitos sejam reconhecidos.

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