Dia 17 de fevereiro de 2017 – Sexta-feira da 6ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano (2016 – 12.10 – 2017), instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Marcos 8,34-38.9,1:
Naquele tempo, Jesus chamou a multidão com os seus discípulos e disse-lhes: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me.
Na verdade, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a vida, por causa de Mim e do Evangelho, este a salvará».
Na verdade, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida?
Que daria o homem em troca da sua vida?
Portanto, se alguém se envergonhar de Mim e das minhas palavras no meio desta geração infiel e pecadora, também o Filho do homem Se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos Anjos».
Jesus declarou-lhes ainda: «Em verdade vos digo: Alguns dos que estão aqui presentes não morrerão, sem terem visto chegar o reino de Deus com o seu poder».
Comentário do dia
São Francisco Xavier (1506-1552), missionário jesuíta
Carta de 10 de maio de 1546
Um grande missionário disposto a perder a vida
Este país […] é muito perigoso, porque os seus habitantes, cheios de perfídia, misturam muitas vezes veneno na comida e na bebida. É por isso que não há ninguém disposto a ir para lá cuidar dos cristãos. Mas estes têm necessidade de ensinamentos espirituais e de alguém que os batize para lhes salvar a alma; é por isso que eu sinto a obrigação de perder a minha vida corporal para ir socorrer a vida espiritual do próximo. Coloco a minha esperança e a minha confiança em Deus Nosso Senhor, com o desejo de me conformar, segundo os meus pobres meios, à palavra de Cristo, nosso Redentor e Senhor: «Quem quiser salvar a sua vida há de perdê-la; quem a perder por minha causa há de salvá-la». […]
É fácil, evidentemente, compreender os termos e o sentido geral destas palavras do Senhor; mas, quando a pessoa quer levá-la à prática e dispor-se a perder a própria vida por Deus, a fim de a reencontrar nele, quando a pessoa se expõe aos perigos nos quais pressente a possibilidade de deixar a vida, tudo se torna tão obscuro, que as palavras, não deixando de ser perfeitamente claras, acabam também por se obscurecer. Nesses casos, parece-me, só consegue compreendê-las aquele – por muito sábio que seja – a quem Deus Nosso Senhor, na sua infinita misericórdia, Se digna explicar-lhes nas suas circunstâncias específicas. É então que conhecemos a condição da nossa carne, isto é, que somos fracos e enfermos.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de fevereiro, rezemos nas seguintes intenções:
Universal: Por todos os que vivem em provação, sobretudo os pobres, os prófugos e os marginalizados, para que encontrem acolhimento e conforto nas nossas comunidades.