Dia 23 de abril de 2016 – Sábado da 4ª semana da Páscoa
Ano Santo Extraordinário da Misericórdia – Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36)!
Evangelho segundo S. João 14,7-14:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».
Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que vos digo, não as digo por Mim próprio, mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim. Acreditai ao menos pelas minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».
Comentário do dia
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
A Oração, 31
«Tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.»
Parece-me que quem se dispõe a orar deverá recolher-se e procurar preparar-se, para conseguir estar mais atento e concentrado durante a oração. Deve também afastar do seu pensamento a ansiedade e a perturbação, e esforçar-se por recordar a grandeza de Deus, de quem se aproxima, considerando que será ímpio apresentar-se na sua presença sem a necessária atenção, sem algum esforço, mas com uma espécie de ligeireza; deve, enfim, rejeitar pensamentos excêntricos.
Ao começar a oração, devemos, digamos assim, apresentar a alma antes das mãos, erguer a Deus o espírito antes dos olhos, libertar o espírito da terra antes de o elevarmos para o oferecer ao Senhor do universo, enfim, depor quaisquer ressentimentos por ofensas que creiamos ter sofrido, se de fato desejamos que Deus esqueça o mal que cometemos contra Ele, contra os nossos semelhantes, ou contra a boa razão.
Dado que podem ser muitas as atitudes do corpo, o gesto de erguer as mãos e os olhos aos céus deve claramente ser preferido a todos os outros, para assim exprimirmos no corpo a imagem das disposições da alma durante a oração […], mas as circunstâncias podem por vezes levar-nos a rezar sentados […] ou mesmo deitados […]. Por seu turno, a oração de joelhos torna-se necessária sempre que acusamos os nossos pecados diante de Deus, e Lhe suplicamos que deles nos cure e nos absolva. Essa atitude é o símbolo da humilhação e da submissão de que fala Paulo, quando escreve: «É por isso que eu dobro os joelhos diante do Pai, do qual recebe o nome toda a paternidade nos céus e na terra» (Ef 3,14-15). Trata-se da genuflexão espiritual, assim chamada porque todas as criaturas adoram a Deus no nome de Jesus a Ele se submetem humildemente. O apóstolo Paulo parece fazer uma alusão a isso quando diz: «Para que, ao nome de Jesus, se dobrem todos os joelhos, os dos seres que estão no céu, na terra e debaixo da terra» (Fl 2,10).
Neste mês de abril, rezemos nas seguintes intenções do Papa:
Universal: Pequenos agricultores
Para que os pequenos agricultores recebam a justa compensação pelo seu precioso trabalho.
Pela Evangelização: Cristãos de África
Para que os cristãos de África dêem testemunho do amor e da fé em Jesus Cristo no meio dos conflitos político-religiosos.