Dia 27 de agosto de 2017 – 21º Domingo do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 16,13-20:
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?».
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas».
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?».
Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo».
Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus.
Também Eu te digo: Tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos Céus».
Então, Jesus ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Messias.
Comentário do dia
Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Comentários sobre Mateus, 16
«Tu és […] o Filho do Deus vivo»
O Senhor tinha perguntado: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?» Naturalmente que o aspeto do seu corpo manifestava o Filho do homem; mas, ao fazer esta pergunta, Ele dava a entender que, para além do que se via nele, havia outra coisa a discernir. […] O objeto da pergunta era um mistério para o qual a fé dos crentes devia orientar-se.
A confissão de Pedro obteve em pleno a recompensa que merecia por ter visto naquele homem o Filho de Deus. «Feliz» é ele, louvado por ter prolongado a sua vista para além dos olhos humanos, não olhando para o que vinha da carne e do sangue, mas contemplando o Filho de Deus revelado pelo Pai dos céus: foi considerado digno de ser o primeiro a reconhecer o que em Cristo era de Deus. Que belo alicerce pôde ele dar à Igreja, confirmado pelo seu novo nome! Ele torna-se a pedra digna de edificar a Igreja de forma a ela romper as leis do inferno […] e todas as cadeias da morte. Feliz porteiro do Céu, a quem são confiadas as chaves do acesso à eternidade; a sua sentença na Terra antecipa a autoridade do Céu, de tal forma que o que tiver ligado ou desligado na Terra o será também no Céu.
Jesus ordena ainda aos discípulos que não digam a ninguém que Ele é o Cristo, porque vai ser preciso que outros, quer dizer, a Lei e os profetas, sejam testemunhas do seu Espírito, uma vez que o testemunho da ressurreição caberá aos apóstolos. E, assim como foi manifestada a felicidade daqueles que conhecem Cristo no Espírito, foi igualmente manifestado o perigo de se desconhecer a sua humildade e a sua Paixão.
Neste mês de agosto, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: Pelos artistas do nosso tempo, para que, através das obras do seu engenho, ajudem todas as pessoas a descobrir a beleza da criação.