Dia 07 de agosto de 2017 – Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 14,13-21:
Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-nO por terra.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes.
Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento».
Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer».
Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes».
Disse Jesus: «Trazei-mos cá».
Ordenou então à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos, e os discípulos deram-nos à multidão.
Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos.
Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
Comentário do dia
São Romano, o Melodista (?-c. 560), compositor de hinos
Hino 24, «A multiplicação dos pães »
«Todos comeram e ficaram saciados»
Vendo que o dia se punha, os apóstolos do Redentor foram ter com Ele, exclamando: «Mestre, a hora já vai avançada, e toda esta gente está consumida pelo jejum; ora, este sítio é deserto, como sabes. Manda-os embora antes que chegue a noite, para que possam ir às aldeias comprar pão. Pois esta gente não é capaz de jejuar como nós, a quem Tu deste a força porque és o pão celeste da imortalidade.
Tu és, por natureza, o grande Salvador do mundo, e a todos ensinaste o conhecimento; alimentando o povo com palavras de verdade; guiaste os homens para o caminho da salvação, dando-lhes a conhecer a justiça. Eles alimentaram espiritualmente a alma, mas agora precisam de cuidar do corpo. […] Manda-os embora, pois estamos preocupados. […] Tu ensinaste os teus discípulos e apóstolos a terem compaixão de todos, porque Tu és o pão celeste da imortalidade […].»
Cristo ouviu estas palavras e respondeu-lhes: «Enganais-vos, pois não sabeis que Eu sou o Criador do mundo. Mas Eu velo pelo mundo e sei muito bem do que esta gente precisa; vejo que estão no deserto e que o sol já se pôs, pois fui Eu quem fixou o ciclo do sol. Sei o que é a exaustão desta gente e sei o que vou fazer por ela. Eu próprio serei remédio para esta fome, porque sou o pão celeste da imortalidade […].
Estais a pensar: “Quem alimentará esta multidão no deserto?” Pois bem, sabei claramente quem Eu sou, amigos: fui Eu quem alimentou Israel no deserto e quem lhe deu pão vindo do Céu. Num lugar árido, fiz que da rocha jorrasse água, e ainda lhes providenciei codornizes em abundância, porque Eu sou o pão celeste da imortalidade […].»
Do mesmo modo, multiplica também em todos nós, ó Salvador, as tuas imensas misericórdias e, tal como saciaste a multidão no deserto com a tua sabedoria e a alimentaste com a tua força, sacia-nos a todos de justiça, tornando-nos firmes na fé, Senhor. Alimenta-nos, ó Deus compassivo; dá-nos a tua graça e o perdão pelos nossos erros […], pois Tu és o Cristo único, o Misericordioso, o pão celeste da imortalidade.
Universal: Pelos artistas do nosso tempo, para que, através das obras do seu engenho, ajudem todas as pessoas a descobrir a beleza da criação.