Leituras Bíblicas
Dia 19 de junho de 2011
Ano da Liturgia, especialmente da Eucaristia
– Tema: “Eucaristia, fonte e cume da vida emissão da Igreja”
– Lema: Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram” (Lc 24,31
Domingo da SANTÍSSIMA TRINIDADE – solenidade
Livro de Êxodo 34,4b-6.8-9:
Moisés talhou, pois, duas tábuas de pedra iguais às primeiras. No dia seguinte de manhã subiu o monte Sinai, como o Senhor lhe tinha ordenado, e levava na mão as duas tábuas de pedra.
O Senhor desceu na nuvem e, passando junto dele, pronunciou o nome do Senhor.
O Senhor passou em frente dele e exclamou: «Senhor! Senhor! Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e de fidelidade,
Moisés curvou-se imediatamente até ao chão e prostrou-se em adoração,
dizendo: «Se, entretanto, alcancei graça aos teus olhos, ó Senhor, vem, por favor, caminhar no meio de nós, pois este é um povo de cerviz dura. Mas perdoa-nos as nossas iniquidades e os nossos pecados e aceita-nos como propriedade tua.»
Livro de Daniel 3,52.53.54.55.56:
«Bendito sejas, Senhor, Deus de nossos pais:– digno de louvor e glória eternamente! Bendito seja o teu nome santo e glorioso:– digno de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no templo da tua santa glória: – digno de supremo louvor e glória eternamente!
Bendito sejas por penetrares os abismos, sentado sobre os querubins: – digno de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no teu trono real: – digno de supremo louvor e exaltação eternamente!
Bendito sejas no firmamento dos céus:– digno de supremo louvor e glória eternamente!
2ª Carta aos Coríntios 13,11-13:
De resto, irmãos, sede alegres, tendei para a perfeição, confortai-vos uns aos outros, tende um mesmo sentir, vivei em paz e o Deus do amor e da paz estará convosco.
Saudai-vos mutuamente com o ósculo santo. Saúdam-vos todos os santos.
A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!
Evangelho segundo S. João 3,16-18:
Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigênito, a fim de que todo o que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna.
De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigênito de Deus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Atanásio (295-373), Bispo de Alexandria, Doutor da Igreja
Carta I a Serapião, 19; PG 26, 573
«Todo o que n’Ele crê […] tenha a vida eterna»
Insensatos, que não cessais de revelar-vos indiscretos na procura da Trindade, sem vos contentardes em acreditar tão só que Ela existe, tal como vos orienta o Apóstolo, que diz: «quem se aproxima de Deus tem de acreditar que Ele existe e recompensa aqueles que O procuram» (Hb 11,6). Que ninguém se ocupe de questões supérfluas, mas se contente em apreender o conteúdo das Escrituras, […] que dizem que o Pai é fonte — «o Meu povo abandonou-Me, a Mim, nascente de águas vivas» (Jr 2,13); «Abandonaste a fonte da sabedoria!» (Br 3,12) — e luz, segundo João: «Deus é luz» (1Jo 1,5). O Filho, com efeito, em relação a essa fonte, é rio, de acordo com o salmo: «Enches, a transbordar, o rio caudaloso» (Sl 65/64,10), e em relação à luz é resplendor, quando Paulo diz que «é resplendor da Sua glória e imagem fiel da Sua substância» (Hb 1,3). Assim sendo, o Pai é luz, e o Filho o Seu resplendor. […] E é no Filho que somos iluminados pelo Espírito, como diz também Paulo: «que o Pai vos dê o Espírito de sabedoria e vo-Lo revele, para o conhecerdes, e sejam iluminados os olhos do vosso coração» (Ef 1,17-18). É, porém, Cristo quem nos ilumina n’Ele quando somos iluminados pelo Espírito, pois a Escritura diz: «O Verbo era a Luz verdadeira que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina» (Jo 1,9). Para além disso, sendo o Pai fonte e Cristo rio, é dito igualmente que bebemos do Espírito: «e todos bebemos de um só Espírito» (1Cor 12,13). Dessedentados, pois, pelo Espírito, é de Cristo que bebemos, porquanto bebemos «de um rochedo espiritual que os seguia, e esse rochedo era Cristo» (1Cor 10,4).
Ora, sendo o Pai o «único Deus sábio» (Rm 16,27), o Filho é a Sua sabedoria, porque «Cristo é poder e sabedoria de Deus» (1 Cor 1,24). Por conseguinte, ao recebermos o Espírito de sabedoria, recebemos o Filho e adquirimos assim a Sua sabedoria. […] O Filho é a vida, pois Ele disse: «Eu sou a Vida» (Jo 14,6). Mas também se diz na Escritura que somos vivificados pelo Espírito quando Paulo nos diz que «o Pai, que ressuscitou Cristo de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, por meio do Seu Espírito que habita em vós» (Rm 8,11). Mas ao sermos vivificados pelo Espírito, é Cristo que Se faz vida em nós: «Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim» (Gl 2,20).
Existindo, assim, no seio da Trindade uma tal correspondência e uma tal unidade, quem poderá separar o Filho do Pai, e o Espírito do Filho, ou do Pai? […] O Mistério de Deus não é concedido ao nosso ser com discursos eloquentes, mas pela fé e por preces respeitosas.
Com o Papa e toda a Igreja rezemos, neste mês de junho, pelas Intenções do Apostolado da Oração
Geral: Para que os sacerdotes, unidos ao Coração de Cristo, sejam sempre verdadeiras testemunhas do amor atento e misericordioso de Deus.
Missionária: Para que o Espírito Santo faça surgir em nossas comunidades numerosas vocações missionárias, dispostas a consagrar-se plenamente à difusão do Reino de Deus.