«Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe» – Santo Agostinho (354-430) bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja

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Dia 24 de julho de 2018 –3ª-feira da 16ª Semana do Tempo Comum –  Cor: Verde

Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.

 

1ª Leitura – Mq 7,14-15.18-20
Lançará ao fundo do mar todos os nossos pecados.

Leitura da Profecia de Miquéias 7,14-15.18-20:
14 Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade,
o rebanho de tua propriedade,
os habitantes dispersos pela mata
e pelos campos cultivados;
15 E, como foi nos dias
em que nos fizeste sair do Egito,
faze-nos ver novos prodígios.
18 Qual Deus existe, como tu,
que apagas a iniquidade
e esqueces o pecado
daqueles que são resto de tua propriedade?
– Ele não guarda rancor para sempre,
o que ama é a misericórdia.
19 Voltará a compadecer-se de nós,
esquecerá nossas iniqüidades
e lançará ao fundo do mar
todos os nossos pecados.
20 Tu manterás fidelidade a Jacó
e terás compaixão de Abraão,
como juraste a nossos pais,
desde tempos remotos.
Palavra do Senhor!

Salmo – Sl 84,2-4. 5-6. 7-8 (R.8a)
R. Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.

2 Favorecestes, ó Senhor, a vossa terra, *
libertastes os cativos de Jacó.
3 Perdoastes o pecado ao vosso povo, *
encobristes toda a falta cometida;
4 retirastes a ameaça que fizestes, *
acalmastes o furor de vossa ira. R.

5 Renovai-nos, nosso Deus e Salvador, *
esquecei a vossa mágoa contra nós!
6 Ficareis eternamente irritado? *
Guardareis a vossa ira pelos séculos? R.

7 Não vireis restituir a nossa vida, *
para que em vós se rejubile o vosso povo?
8 Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, *
concedei-nos também vossa salvação! R.

Evangelho – Mt 12,46-50
E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse:
‘Eis minha mãe e meus irmãos.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 12,46-50
Naquele tempo:
46 Enquanto Jesus estava falando às multidões,
sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora,
procurando falar com ele.
47 Alguém disse a Jesus:
‘Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora,
e querem falar contigo.’
48 Jesus perguntou àquele que tinha falado:
‘Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?’
49 E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse:
‘Eis minha mãe e meus irmãos.
50 Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai,
que está nos céus,
esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.’
Palavra da Salvação.

 

Comentário do dia
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sobre a santa virgindade, cap. 5

«Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe»

 

As que se consagram inteiramente ao Senhor não devem afligir-se pelo fato de, guardando a sua virgindade como Maria, não se poderem tornar mães segundo a carne. […] Aquele que é o fruto de uma única Virgem santa é a glória e a honra de todas as outras santas virgens, pois, tal como Maria, elas são mães de Cristo se fizerem a vontade de seu Pai. A glória e a felicidade de Maria como Mãe de Cristo brilha sobretudo nas palavras do Senhor: «todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».

Deste modo, Ele indica a paternidade espiritual que O liga ao povo que resgatou. Os seus irmãos e as suas irmãs são os santos homens e as santas mulheres que são co-herdeiros com Ele da herança celeste (cf Rm 8,17). Sua mãe é a totalidade da Igreja, pois é ela que, pela graça de Deus, dá à luz os membros de Cristo, isto é, aqueles que Lhe são fiéis.

Sua mãe é ainda toda a alma santa que faz a vontade do Pai e cuja caridade fecunda se manifesta naqueles que dá à luz por Ele, «até que Cristo Se forme entre vós» (Gl 4,19). […] Entre todas as mulheres, Maria é a única que é ao mesmo tempo virgem e mãe, não apenas pelo espírito, mas também com o corpo. Ela é Mãe segundo o espírito […] dos membros de Cristo, isto é, de nós próprios, porque cooperou com a sua caridade para dar à luz, na Igreja, os fiéis, que são os membros desse Chefe divino, nossa cabeça (cf Ef 4,15-16), de quem ela é verdadeiramente Mãe segundo a carne.

Era preciso, com efeito, que o nosso Chefe nascesse segundo a carne duma virgem, para nos ensinar que os seus membros deveriam nascer, segundo o espírito, doutra virgem, que é a Igreja. Maria é, assim, a única que é mãe e virgem ao mesmo tempo, tanto no corpo como no espírito. Mas também a totalidade da Igreja, nos seus santos que haverão de possuir o Reino de Deus, é, segundo o espírito, mãe de Cristo e virgem de Cristo

Neste mês de julho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização: Os sacerdotes na sua missão pastoral
Para que os sacerdotes que vivem o seu trabalho pastoral com dificuldade e na solidão se sintam ajudados e confortados pela amizade com o Senhor e com os irmãos.

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